quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Represa de Guarapiranga



Represa Guarapiranga -1932

Represa de Guarapiranga é um reservatório para abastecimento de água potável,  situado na divisa entre os municípios de São Paulo ( Zona Sul ),  Itapecerica da Serra e Embú Guaçú no estado de São Paulo,   no  Brasil,  oferecendo e abastecendo água para mais de 4 milhões de pessoas no Estado. Dela só é habituado ter novidades nos períodos de estiagem ou quando os ambientalistas constituem soar o alarme de poluição dos mananciais que a abastecem.
 É, ainda, utilizada para o controle das  cheias  dos rios da região e como local de esportes náuticos e lazer ao longo de seu percurso de 28 quilômetros de margens, destacando-se a importância nos  esportes de vela,  há vários clubes de  Iatismo  no seu entorno, como o  Yacht Club Santo Amaro,  berço de vários campeões.




Construída pela São Paulo Tramway Light and Power Co. e inaugurada em 1908, sua finalidade era, primeiramente, atender às necessidades de produção de energia elétrica na Usina Hidrelétrica de Parnaíba.
Inicialmente conhecida por Represa de Santo Amaro, Guarapiranga teve sua construção iniciada em 1906 pela  São Paulo Tramway, Light and Power Company,  na época responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, sendo concluída em 1908.
 Em 1928, com o crescimento da região metropolitana de São Paulo, Guarapiranga passou a servir como reservatório para o abastecimento de  água potável.  Nesse mesmo ano, a represa foi o local de chegada dos aviadores italianos que fizeram uma das primeiras travessias aéreas do  Atlântico Sul ; ː Francesco de Pinedo, Carlos del Prete e Vitale Zacchetti. .
O intuito de deter água parada para o consumo na cidade, intensificou o poder econômico da mesma e concomitantemente abrangeu o turismo para essa região, que até os dias atuais recebem um numero elevado de visitantes, e por consequência, a instalação de grandes chácaras, sítios e clubes em suas margens, principalmente de estrangeiros que sentem-se atraídos pela represa com clima semelhante ao do europeu, com seus meses gelados do inverno e calor na primavera, com sua garoa e neblina característica época que lembrava o fog londrino.
Em 1912 o São Paulo Yacht Club foi fundada próximo a barragem, este sendo o primeiro clube de Iatismo na represa.
A partir dos anos  19200 e 1930,  um crescente interesse pela ocupação das margens da represa fez surgir loteamentos pioneiros que procuravam oferecer, ao cidadão paulistano, uma opção de  lazer náutico. Sendo provenientes daí, o surgimento de bairros com nomes como Interlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito. Foi o local de disputa do torneio de  vela dos Jogos Pan-Americanos de 1963.
 Entre as décadas de  1980 e 1990,  a ausência de políticas claras de uso e ocupação do solo por parte do Governo do Estado com parceria da Prefeitura de São Paulo e dos municípios vizinhos contribuiu para a criação de loteamentos populares clandestinos ao redor da represa, que cresceram desordenadamente e que jogam, na represa,  esgoto não tratados. 
O lançamento de esgoto levou ao aparecimento de  algas  e o comprometimento da qualidade do manancial e da água para abastecimento humano, obrigando a Companhia de Saneamento  Básico do Estado de São Paulo  (SABESP) a investir fortemente em programas de  tratamento  para minimizar o problema, que já estava em estágio grave.
Em 2007, teve início um projeto de revitalização  da orla da represa de Guarapiranga, desenvolvido pela  Subprefeitura da Capela do Socorro  e pelo governo do estado. A obra incluiu novo parque, uma via panorâmica circundando toda a represa,  ciclovia e calçada,  além da  árvore de Natal inaugurada no dia 9 de dezembro de 2008. 
Em junho de 2008, foi anunciado o início das obras de  urbanização e infraestrutura de centenas de favelas  da região, melhorando a melhorando a qualidade de vida  dos habitantes e a preservação das áreas de  mananciais.  Em 2011, foi palco do primeiro  Mundial de Clubes de Futebol de Areia  e atualmente a modalidade possui 17 pódios, perdendo apenas para o vôlei e judô. Atualmente, é utilizada para abastecimento de água potável para a  Região Metropolitana de São Paulo,  através da  Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.  Durante a crise hídrica, a represa Guarapiranga foi utilizada para abastecer cerca de seis milhões da população da cidade.

A represa foi formada originalmente pelo  represamento do Rio Guarapiranga.  Seus principais  tributários  são o  rio Embú-Guacú e o rio Embú-Mirim,  além de outros  córregos  de menor porte, abrangendo áreas dos municípios de São Paulo,  Itapecirica da Serra e Embú-Guaçu.
O parque tem a importante função de proteger a produção hídrica, minimizando a erosão e a sedimentação. Possui gramados, caminhos e recantos, abrigados por uma vegetação densa que desce até as margens da represa, composta predominantemente por eucaliptal entremeado por pequenos bosques com espécies da Mata Atlântica, além de áreas ajardinadas. Destacam-se angico-vermelho, cabuçu, capororocas (Myrsine coriacea e M. umbellata), camboatás (Cupania oblongifolia, C. vernalis e C. zanthoxyloides), guaçatonga, mandioqueiro, passuaré, pau-brasil, pau-de-tucano, tamanqueiro e tapiá-guaçu. Foram registradas 181 espécies, das quais 11 estão ameaçadas como a copaíba, o chichá e a grumixama.


Fauna

Com fauna composta por 92 espécies, sendo 40 de borboletas, uma de réptil (lagarto-teiú), duas de mamíferos (o gambá-de-orelha-preta e o ratão-do-banhado) e 49 de aves. Nesse grupo ressalta-se a presença do pavó, um importante dispersor de sementes que se encontra ameaçado de extinção. No quesito beleza, destaque para a bandeirinha, que possui em sua plumagem as cores da bandeira nacional, daí seu nome. O gavião-carijó e a coruja-orelhuda figuram os rapinantes do parque. Foram avistadas aves endêmicas da Mata Atlântica como periquito-rico, pica-pau-anão-de-coleira, pica-pauzinho-verde-carijó, arredio-pálido e pichororé. Dentre as borboletas, destacam-se as detentoras de asas transparentes no tom cinza e manchas alaranjadas.




Turismo
Apesar de ser uma região afastada das áreas centrais da cidade de São Paulo (subúrbio),  a represa é um de seus principais ícones naturais e é muito procurada para lazer, devido a suas praias, parques, pela pesca amadora e esportes, com destaque para os esportes de vela,  pois o local abriga vários clubes de  iatismo em sua margens. Se tornou centro de excursões e passeios dos paulistanos. Com o passar dos anos foram surgindo clubes náuticos e residências de recreio para os fins de semana.
A represa ainda possui algumas ilhas, com destaque para a Ilha do Eucalipto, a maior delas, e para a Ilha dos Amores, que, em dezembro de 2008,  abrigou uma  árvore de natal  de 15 metros de altura com as cores do Brasil  e uma cortina de água com projeções com mais de 72 metros quadrados , as quais fazem parte do projeto  Natal Iluminado,  realizado pela  Prefeitura de São Paulo  em parceria com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).
De carro, é possível chegar nos polos comerciais ao redor da represa pela  Marginal Pinheiros,  até a Avenida Atlântica (antiga Avenida Robert Kennedy). De transporte público, é possível pegar as linhas 6028 (Terminal Santo Amaro - Riviera), 737G (Terminal Santo Amaro - Terminal Guarapiranga), 6019 (Terminal Guarapiranga - Jd. Alfredo), 7710 (Metro Ana Rosa - Terminal Guarapiranga), 6505 (Terminal Bandeira - Terminal Guarapiranga), 637A (Pinheiros - Terminal Guarapiranga) e 745M (Campo Limpo - Shopping SP Market), da SPTrans em direção à represa.


Lazer

Em sua represa está disponível cursos para aprender a navegar e velejar nas escolas de iatismo, também há cursos de windsurf, wakeboard e kitesurf, nos quais os esportistas se locomovem com pranchas. Além disso, o visitante pode andar de barco, lancha, desfrutar da infraestrutura que o clube oferece, com piscina, uma vasta área pra recreação e lanchonete. O  Parque Ecológico do Guarapiranga  também apresenta quadras poliesportivas, campos de futebol, lago, brinquedoteca, trilhas e um viveiro do qual saiu grande parte de de suas 379 mil mudas. Há também uma diversidade de espécie como aves, mamíferos e répteis que habitam a área.


Parque Guarapiranga
Inaugurado em 1999, o  Parque Guarapiranga  reúne trilhas, lanchonete, churrasqueiras, dois campos de futebol, palco para shows, um viveiro com mais de 379 mil mudas de plantas, aproximadamente 500 espécies diversas de animais e uma pista de concreto de 1,6 km de extensão que passa por sobre as águas da represa. O parque possui gramados, caminhos e recantos que são compostos por uma vegetação bem densa que, com seu percurso, desce até as margens da represa, contendo predominantemente por eucaliptal entremeado por modestos bosques com espécies da  Mata Atlântica. 
O parque ocupa 28 km (7%) do entorno da represa, e abriga diversos clubes e escolas de variados esportes aquáticos, com aulas para quem deseja aprender a velejar ou a surfar de  windsurf. 
Para quem busca tranquilidade, o Salão Oval disponibiliza atividades voltadas para a terceira idade, como  ioga,  dança e ginástica chinesa. O espaço é mantido por voluntários.


Solo Sagrado de Guarapiranga

O Solo Sagrado de Guarapiranga fica na Zona Sul de São Paulo, em Parelheiros. Administrado pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil, o local é aberto para toda a população, ele atrai trinta e cinco mil visitantes por mês, possui uma vasta área da Mata Atlântica, é um espaço para meditação e apreciação da natureza. O seu espaço possui uma ligação com a Represa de Guarapiranga e abriga, já que um dos seus portões da acesso as águas da represa e o outro lado pode ser encontrados uma grande diversidade de jardins com as mais diversas cores.
No Solo Sagrado de Guarapiranga tem como grandioso um templo que foi construído em forma de anel e abriga três santuários: o primeiro é o Santuário de Deus Supremo( o altar central), o segundo o Santuário de Meishu-Sama(ao lado direito) e o terceiro o Santuário dos Antepassados(ao lado esquerdo) um lugar para momentos com os entes que já partiram. Para quem gosta de arte, existe um Centro Cultural que expõe obras renovadas de diferentes artistas, salas de multiuso e de audiovisual. Esse centro apresenta tradições japonesas com oficinas de Ikebana e cerimônia do chá. Há um dia específico em que acontece o Culto de Agradecimento às bênçãos alcançadas, em média, vinte mil pessoas comparecem a esse culto antes de ir ao Solo Sagrado. Apresenta também uma lanchonete, uma praça e um espaço para piquenique, são milhares de árvores e uma reserva florestal com diferentes espécies de animais.




Projeto Orla da Guarapiranga

O projeto consiste na construção de 7 (sete) parques as margens da represa, além de uma ciclovia com a extensão de 10 (dez) quilômetros, interligando-os, substituição de muros por grades e calçadas permeáveis.
A revitalização da Represa Guarapiranga conta com a parceria das secretarias municipais das Subprefeituras e do Verde e Meio Ambiente, da Subprefeitura Capela do Socorro,  da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado e do  Banco Mundial. 
Dentre os parques estão: Parque Praia São Paulo, Parque da Barragem, Parque Várzea do São José, Parque 9 de julho, Parque Castelo, Parque Atlântica e Parque Hípica.

Parque Praia São Paulo

Localizado as margens da Represa de Guarapiranga, o Parque Praia São Paulo é voltado para a contemplação, lazer e prática de esportes, pois sua área de 168.700 (cento e sessenta e oito mil e setecentos) m² apresenta quadras de areia, playground da longevidade e infantil, ciclovias, áreas de plantio de árvores nativas, sanitários e ainda uma área destinada a banhistas da represa. Seu primeiro trecho apresenta o nome de Praia do Sol e abrange cerca de 18 (dezoito) m² e foi inaugurado pelo então  prefeito Gilberto Kassab  e pela então secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena em 26 de julho de 2009. Todo o parque faz parte do Projeto Orla do Guarapiranga.
Em sua fauna apresenta certa de 50 espécies de pássaros. Em sua maioria de área aberta e aquáticos. Dentro os aquáticos, observa-se pernilongo-de-costas-brancas, marrecas silvestres, socós, frangos-d’água, biguás, garças e mergulhão-caçador. Dentre os de áreas abertas são vistos, principalmente, coleirinho, pica-pau-do-campo, sabiás, caracará e anu-branco.
Já sua flora compreende áreas ajardinadas, árvores em alamedas, e isoladas e gramados, destacando-se seafórtia, capixingui, figueira-benjamim, areca-bambú,  iúca, copaíba, árvore-polvo, falsa-seringueira,  palmaória,  jasmim-manga,  mricá,  jerivá, palmatória e romãzeira.