segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

A história da Vila Holandesa, em Santana










A história da Vila Holandesa, em Santana

O conjunto de sobrados traz fachadas de tijolo aparente e janelas verdes



Instalado na Rua Marechal Hermes da Fonseca, em Santana, o conjunto de vinte sobrados conhecido como Vila Holandesa chama a atenção de quem passa por suas janelas verdes e fachadas de tijolo aparente.


Trata-se do Jardim Dona Rosa, construído entre 1952 e 1954 pelo casal de imigrantes holandeses Dirk e Selma Berkhout. Dirk atuava como cônsul-geral da Holanda em São Paulo e, junto com a mulher, pretendia lucrar com os aluguéis dos imóveis.




A dupla possuía outras edificações na cidade com o mesmo propósito, em bairros como Higienópolis e Vila Mariana. Hoje, os lotes abrigam, além de residências, um escritório de advocacia, um espaço gastronômico, uma padaria e uma loja de roupas. Todos foram tombados pelo Patrimônio Histórico em 2018.

Publicado Veja  São Paulo

Com reportagem de Alice Padilha e Rafaela Bonilla.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Egito Antigo : Do Cotidiano à Eternidade


                                       Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade 

                                         Centro Cultural do Banco do Brasil
















“Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade” chega a São Paulo. A exposição, gratuita, abriu ao público,  de 19 de fevereiro a 11 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da cidade.




O CCBB em São Paulo não conseguirá chegar perto do volume de público do Rio, já que seu espaço expositivo é muito menor que o do CCBB carioca. Assim, as visitas, que deverão ser agendadas pela internet para evitar filas, estarão limitadas a 8.500 pessoas por dia. A estimativa é receber 500.000 pessoas em quase três meses de exposição.




Tjabbes, historiador de arte, é um dos curadores de Egito Antigo: do Cotidiano à Eternidade. O italiano Paolo Marini divide com ele essa tarefa. Marini é egiptólogo (arqueólogo dedicado à história da civilização egípcia) e o organizador responsável pela organização de mostras itinerantes do Museu Egípcio de Turim. Em dois anos de trabalho, a dupla selecionou um grupo de itens composto de esculturas, caixões e uma múmia humana que causa furor entre os visitantes. A mulher, chamada Tararo, tem cerca de 1,50 metro de altura. Deve ter vivido por volta de 700 anos a.C., período recente para a civilização egípcia, que durou cerca de seis milênios, se considerada a pré-história, época em que a escrita não existia. Tararo foi contemporânea da 25ª dinastia, conhecida também como a dos faraós negros. “Embora não seja uma figura da realeza, a julgar pelo sarcófago, seu status social era alto. Ela levava o título de senhora da casa”, explica Marini. Tal nomeação pode significar que ela era uma esposa legítima, que provê herdeiros, ou uma mulher idosa, autônoma, capaz de manter sua própria casa. Sobre a anciã, ele faz ainda uma ressalva: “Não se sabe como foi descoberta. Contudo, é possível supor que tenha vindo da Necrópoles de Tebas, região ao leste do Rio Nilo, tida como um dos maiores complexos funerários do Egito”.



Outra questão que ronda a “mulher-múmia” é a discussão sobre a exibição de corpos humanos em museus. O debate reúne aspectos relativos à ética, à conservação e aos modos de apresentação ao público. “Nosso trabalho, nesse sentido, é tornar compreensível ao visitante as razões e o contexto em que são mostradas as múmias, com atenção também à sensibilidade dos indivíduos”, afirma Marini. A fala segue em sintonia com um trecho do Acordo de Vermillion, conjunto de seis cláusulas adotadas pelo Congresso Arqueológico Mundial (WAC, na sigla em inglês), em 1989: “O respeito pelos restos mortais será concedido a todos, independentemente de origem, raça, religião, nacionalidade, costume e tradição”. Apesar de todos os cuidados, tem sido recorrente, segundo a egiptóloga Cintia Gama, a posição mais rígida das instituições, que preferem não deixar esses seres longevos sair de seus acervos. “Pode ser a última vez que os brasileiros tenham a chance de ver uma múmia ‘estrangeira’ aqui”, alerta ela, ainda que ciente que o museu curitibano Tutankhamon tem um corpo mumificado em seu acervo.


Conhecer mais o dia a dia do povo egípcio é um ganho para o público brasileiro, o que é sublinhado pela existência de um núcleo chamado Vida Cotidiana na mostra do CCBB. “Na verdade, eles prezavam tanto pela vida que queriam perpetuá-la pela eternidade”, chama atenção o curador Pieter Tjabbes. Contudo, há quem se sinta insatisfeito com o espaço dado ao assunto. “A coleção do Museu de Turim é muito ampla, com milhares de itens sobre o tema. De novo, o que vi foi uma aposta no que é mais famoso e conhecido: tumbas, estatuetas e múmia”, argumenta Antonio Brancaglion Junior, que visitou a exposição no Rio de Janeiro e é professor do Departamento de Antropologia do Museu Nacional (instituição que tinha o maior acervo egípcio da América Latina, com 700 itens). Os números não contestam a afirmação do pesquisador, que foi também um dos curadores da mostra Egito Faraônico, Terra dos Deuses, realizada em 2001 no Masp. No CCBB, há 22 peças na seção Vida Cotidiana, ante as 118 divididas nas duas outras seções: Religião e Eternidade. Para tornar mais complexa a discussão, é preciso falar do fator raridade. Um par de sandálias, de fibra vegetal, sem data determinada, é um item importante para entender como esse povo vivia. O artefato, conservado graças ao clima seco da região, não tem equivalente na civilização grega, que não contou, infelizmente, com “sobreviventes” desse tipo.



Publicado Revista Veja São Paulo
Fotografias de Manoel de Brito

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

SP Escola de teatro


Os Vitrais do Brás





Inaugurada na cidade de São Paulo, em 2010, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco propõe novos desafios para o ensino das Artes Cênicas no Brasil. Com um modelo pedagógico ousado, o espaço toma como prismas da formação as sensibilidades e as potencialidades artísticas, humanas, críticas e cidadãs.
O projeto de criação da Escola foi desenvolvido de 2005 a 2009 e se orienta a partir de três pilares: cursos regulares, cursos de extensão e o Programa Kairós. Três eixos que alicerçam o funcionamento sistêmico dos setores da Instituição, contemplando diferentes ações artístico-pedagógicas.
O aumento da produção teatral e a consequente demanda de mão de obra foram alguns dos impulsos que levaram ao surgimento da Escola, atenta à necessidade de iniciativas que democratizem o acesso da população à formação artística.
Motivada por seu objetivo simples e direto – “artistas que formam artistas”, define o slogan – a Escola articula propostas como, no plano social, a interface com aprendizes contemplados com bolsas-auxílio, atitude que democratiza o acesso ao universo teatral para diferentes camadas da população; e, no sistema pedagógico, a exploração conjunta do terreno do conhecimento por formadores e aprendizes.




Mais história
O engenheiro Manuel Sabater foi responsável, a partir de 1910, por importantes projetos de grupos escolares realizados na capital e em grandes cidades do interior. O mesmo projeto da Escola Normal do Brás previa outro prédio semelhante para o Grupo Escolar de Santos, também referência histórica na cidade. Por esse motivo, ambas as escolas possuem a mesma linguagem arquitetônica no que diz respeito às fachadas e plantas praticamente iguais.


Com valor histórico inegável na paisagem da cidade e na evolução educacional do Estado de São Paulo, o edifício do Brás foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) em 1988. O mesmo processo tombou outras 122 escolas públicas da capital e do interior.



Em 2004, o espaço foi transferido da Secretaria da Educação do Estado para a Secretaria da Cultura do Estado.


domingo, 9 de fevereiro de 2020

Exposição comemortiva a São Paulo

Exposição  comemorativa  São Paulo.

A Coordenadoria de Educação  e Cultura da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, homenageou São Paulo,  com fotos que fez referência ao espaço público da cidade,  a partir de variáveis artística, arquitetônica, cultural e utilitária .

Foi escolhido endereços que perfazem a memória histórica de constituição  da cidade de São Paulo.

As fotos fazem com que tomemos contato com uma São Paulo retratada em detalhes, fragmentos, nos quais foi destacado os postes de iluminação pública, referenciados em cada  localização histórica.

Os postes, acredita-se, reúnem, além do aspecto simbólico de urbanidade e metafórico de iluminação, elementos estéticos a serem apreciados que, decerto, escapam à vista apressada de quem percorre a cidade.

Luzes da Cidade, motiva quem visita a cidade de São Paulo, a deter-se um pouco mais no ambiente de nossa cidade, ao mesmo tempo em que propicia identificações com os endereços onde estão localizados, ampliando através das fotos , detalhes, que muitas das vezes deixamos de observá-los,

Luzes da Cidade é o resultado do projeto expográfico, com fotografias de Manoel de Brito.





Avenida São João, primeiro plano Edifício Martinelli 

Viaduto Santa Ifigênia








                                                                                                       Praça da Sé






Praça Ramos de Azevedo


Páteo do Colégio
                                                                                                                       Páteo do Colégio



                                               Teatro Municipal - Praça Ramos de Azevedo




                                                Teatro Municipal - Praça Ramos de Azevedo




                                                Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo




                           Hall de entrada da Associação dos Funcionários do Estado de São Paulo



                                                                 Hall de entrada