sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Liberdade ( bairro de São Paulo )

Início da colonização japonesa

Conhecido por ser um bairro de orientais, a Liberdade era um bairro de negros. Abrigou organização de ex escravos e descendentes como a Frente Negra Brasileira e mais tarde o Paulistano da Glória que foi um sindicato de domésticas que virou escola de samba e era liderado pelo sambista Geraldo Filme.
A presença japonesa no bairro começa quando em 1912 os imigrantes japoneses começaram a residir na  rua Conde de Sarzedas ladeira íngreme, onde na parte baixa havia um riacho e uma área de várzea.
Um dos motivos de procurarem essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos. Nesses quartos moravam apenas grupos de pessoas. Para aqueles imigrantes, aquele cantinho da cidade de São Paulo significava esperança por dias melhores. Por ser um bairro central, de lá poderiam se locomover facilmente para os locais de trabalho.
Já nessa época começaram a surgir as atividades comerciais: uma hospedaria,  um empório,  uma casa que fabricava tofu (queijo de soja), outra que fabricava  manju (doce japonês) e também firmas agenciadoras de empregos, formando assim a “rua dos japoneses”.




Letreiros orientais.

Em 1915 foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japneses, então em número aproximado de 300 pessoas.
Em 1932 eram cerca de 2 mil os japoneses na cidade de São Paulo. Eles vinham diretamente do Japão e também do interior, após encerrarem o contrato de trabalho na lavoura. Todos vinham em busca de uma oportunidade na cidade. Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas, . Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do Pinhal, \Conselheiro Furtado, dos Estudantes e Tomás de Lima (hoje Mituto Mizumoto), onde em  1914 foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo. Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a coletividade nipo-brasileira.



Em 12 de outubro de 1946 foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis. Em 1º de janeiro de  1947 foi a vez do Jornal Paulista. No mesmo ano foi inaugurada a Livraria Sol (Taiyodo), ainda hoje presente no bairro da Liberdade, que passa a importar livros japoneses através dos Estados Unidos. A agência de viagens Tunibra inicia as atividades no mesmo ano. Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra em março de  1947, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade.


Em 23 de julho de  1953,  Yoshikazu Tanaka inaugurou na  rua Galvão Bueno,  um prédio de 5 andares, com salão, estaurante, hotel,  e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1.500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos semanalmente filmes diferentes produzidos no Japão, para o entretenimento dos japoneses de São Paulo. A rua Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói, tendo recebido parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas. Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão e matar saudades da terra natal. Na sua época áurea, funcionavam na região os cines Niterói, Nippon (na rua Santa Luzia – atual sede da Associação Aichi Kenjin kai), Joia (na praça Carlos Gomes – hoje casa de shows).


Em abril de  1964 foi  inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e  rua  Galvão Bueno.

Fonte de Pesquisa : Wikip[edia ( agosto de 2016 ).











quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Los Carpinteros - exposição







Com instalações grandiosas, Los Carpinteiros – os cubanos Marco Castilho  e Dagoberto Rodríguez – são conhecidos pelo forte apelo social das obras e pela crítica ácida, sagaz e bem-humorada. Os artistas questionam a utilidade das coisas e exploram o choque entre função e objeto. A exposição estreou  em São Paulo no dia 30 de julho e depois percorrerá os Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A exposição é composta por mais de 70 obras :
 desenhos, aquarelas, esculturas, instalações, vídeos e obras site especifico. O público poderá acompanhar todas as fases do coletivo, desde a década de 1990 até obras inéditas, feitas especialmente para a exposição no Brasil, a partir de ideias e desenhos anteriores. A curadoria é de Rodolfo de Athayde, da Arte A Produções.

Los Carpinteros: Objeto Vital será apresentada em três segmentos:
1. Objeto de Ofício
É o segmento dedicado ao primeiro período, determinado pela manufatura artesanal de objetos inspirados pelas vivências do cotidiano e o uso intensivo da aquarela como parte do processo de visualização da ideia inicial da obra. Os trabalhos são fruto da intensa troca criativa ocorrida durante o período da formação dos artistas, no Instituto Superior de Arte em Havana. Naturalmente, também refletem o contexto cubano dos anos 1990, em franca crise econômica.
2. Objeto Possuído
Apresenta o momento em que o trabalho de Los Carpinteroscomeça a ganhar representatividade em importantes coleções no mundo com obras que, para além das problemáticas especificamente cubanas, falam de questões existenciais universais. “A transterritorialidade característica da arte contemporânea leva os artistas a um terreno aberto em que dividem preocupações com criadores de diversas nacionalidades, à margem de suas origens”, afirma o curador. Muitos dos projetos ambiciosos que tinham sido esboçados no papel são materializados nesse momento com a abertura de novas perspectivas. Dentro deste segmento foi reservado um lugar especial para os objetos de som: aquelas obras que têm um vínculo direto com a música, expressão cultural por excelência que marca a ideia do “ser cubano”.
3. Espaço-Objeto
Neste núcleo é dedicada atenção especial à arquitetura e às estruturas, temáticas constantes na obra dos artistas, que reiteradamente selecionam referências do entorno urbano para subvertê-las, ao alterar contexto e funcionalidade. Esse diálogo, característico do trabalho de Los Carpinteros, permeia toda a exposição e terá neste segmento um espaço reservado.


Euriques Carneiro

Fotos : Manoel de Brito




















terça-feira, 2 de agosto de 2016

Poesia Musicada com Caetano Veloso, Tom Zé e Arnaldo Antunes

Augusto de Campos, de 85 anos, foi um dos responsáveis por introduzir a poesia concreta no país na década de 50. Sua obra foi tema de um grande show no Sesc Pompéia.
Tom Zé, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Péricles Cavalcanti e Passoca deram voz as canções e versões musicadas de poemas do autor, que participou do espetáculo lendo trechos de textos.
Seu filho, Cid Campos, montou o roteiro do espetáculo.
Caetano dividiu a composição de Pulsar com o escritor, escolheu interpretar  Elegia, de Cavalcanti.
Arnaldo Antunes   recita Tensão.
Animaram a plateia Cademar, criada ao lado de Tom Zé, além de Sem Saída e Canção Noturna da Baleia, produzidas em parceria com Cid.