terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Sociedade Esportiva Palmeiras




Sociedade Esportiva Palmeiras  conhecida popularmente como Palmeiras) é um clube poliesportivo brasileiro  da cidade de  São Paulo,  capital do estado homônimo. Foi fundado em  26 de agosto de 1914 e suas  cores,  presentes no escudo e bandeira oficial, são o  verde e branco.  O  vermelho,  presente desde sua fundação em  1914,  foi excluído durante a  Segunda Guerra Mundial,  por pressão do governo nacional, na mesma reunião que formalizou a mudança de nome de   Palestra Itália  para Palmeiras.





Tem como modalidade  esportiva  principal o  futebol,  com um dos times mais vencedores e que está entre as equipes com maior torcida do país. Seus títulos mais importantes conquistados no futebol são a  Copa Libertadores da América de 1999  e a  Copa Rio de  1951,  considerado na época como um  Mundial de Clubes  de futebo e reconhecido como tal pela  FIFA,  por meio do presidente da entidade, Joseph Blatters,  em agosto de 2014, sendo uma decisão do  Comitê Executivo da Fifa  de 7 de junho e por meio de documento encaminhado ao Ministério do Esporte do Brasil,  em novembro do mesmo ano. A entidade, no entanto, não reconhece a competição como um torneio FIFA e reforçou este posicionamento em outubro de 2017, quando reconheceu os vencedores da  Copa Intercontinental  como campeões mundiais, sem, também, promover a unificação da Copa Intercontinental com a sua  atual competição. 

O Palmeiras é a equipe brasileira com o maior número de títulos de abrangência nacional conquistados, sendo o único a vencer todas as competições oficiais que disputou criadas no País, inicialmente pela  Confederação Brasileira de Desportos (CBD)  e, a partir de 1980, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF),  O alviverde possui 14 conquistas deste porte, com destaque maior para seus dez títulos do  Campeonato Brasileiro  (atual recordista):   1960, 1967, 1969, 1971, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018. . Além destes campeonatos, o Palmeiras já venceu no país as  Copas do Brasil de 1998, 2012 e de 2015 dos campeões de 2000,  competições também organizadas pela entidade máxima do futebol brasileiro.

No Estado de São Paulo,  o Palmeiras também é um dos principais vencedores, com 23 conquistas do  Campeonato Paulista de Futebol  e mais dois títulos  extra  da mesma competição. Em  1996,  o alviverde conquistou o  estadual daquele ano  com a melhor campanha de uma equipe na era profissional neste campeonato. Na ocasião, foi campeão com 83 pontos ganhos em 90 possíveis, com um índice de aproveitamento de 92,2% dos pontos disputados e 102 gols marcados em 30 jogos realizados. Desde então, esta marca jamais foi alcançada por qualquer outra equipe na competição.

No mais recente  Ranking Nacional de Clubes da CBF,  que leva em conta o comportamento das equipes nas últimas cinco temporadas e que foi divulgado em dezembro de 2019, o Palmeiras é o primeiro colocado, com 16 640 pontos. No último ranking da confederação que levou em conta um período histórico mais abrangente do futebol brasileiro e que foi divulgado em 2011, o Palmeiras foi o líder, com 2 366 pontos.

Em 2005, no dia 11 de outubro,  foi sancionada na cidade de São Paulo a Lei n.º 14.060, que definiu o dia 20 de setembro  como o "Dia da Sociedade Esportiva Palmeiras", que passou a ser lembrado anualmente na capital paulista, já que passou a integrar o Calendário Oficial do Município.

Sociedade Esportiva Palmeiras

     




    quinta-feira, 8 de outubro de 2020

     


    Lassú Bar e Ristorante com bar giratório e vista panorâmica da cidade de São Paulo

    Lá de cima se tem uma vista única, deslumbrante e acolhedora da cidade de São Paulo, terra de costumes miscigenados pela migração e imigração. Cidade que recebeu e integrou-se à cultura italiana, apaixonando-se por sua democrática cozinha.

    Abraçado por esta grande metrópole, o Restaurante “Lassù” – que, no idioma italiano, significa “Lá em cima” – integra os sabores e a hospitalidade das culturas italiana e brasileira





    O charmoso Bar é voltado para um disco giratório que privilegia os clientes com vários ângulos de uma ampla vista de 270°, Pico do Jaraguá, Campo de Marte e todo o espigão da Av. Paulista, Parque da Juventude até a Serra do Mar. As laterais fixas são intimistas, aconchegantes e notáveis pela disposição dos lugares que também se integram ao ambiente externo.




    No térreo do imponente Edifício K1, o cliente é recepcionado com serviço de vallet, e apresentado ao “Espaço de Arte LASSÙ”, que o conduz ao 28º andar, por meio de elevador exclusivo. Esta galeria abre espaço para a expressão e valorização de distintas culturas da cosmopolita São Paulo, através das artes plásticas e da fotografia.



    A COZINHA DO LASSÙ

    A cozinha do Lassú apresenta receitas italianas com valorização de ingredientes brasileiros. As escolhas de produtos de excelência são primícias para o chef Lucas Figueiredo Campos, com o desafio de executar um cardápio que integre as culturas Itália/Brasil. O profissional é formado em Gastronomia, e teve experiência como cozinheiro chef no Buffet França, Girarrosto, KAA, Bistrot de Paris e como souschef do executivo e técnico chef Pascal Valero.




    Entre as criações do menu a “Fregola Brasiliana”, a tradicional massa da Sardenha, Itália, “enamorada” pelos ingredientes que prestam homenagem a migração nordestina: carne seca, jerimum, manteiga de garrafa e a brasileiríssima castanha de caju. Também o “Tiramilassù” sobremesa destaque, uma releitura do clássico Tiramissú, que – fazendo alusão ao nome do Restaurante – traz em sua receita original ingredientes com a intenção de energizar e trazer o comensal “para cima”.









     



    Corinthians - Clubs da cidade de São Paulo

     

    História

     Fundação (1910-1912)


    Em  1 de setembro de 1910,  um grupo de cinco operários  (Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone,  Anselmo Correa e Carlos Silva) do bairro paulistano  Bom Retiro,  sob a luz de um lampião, às oito e meia da noite, decidiram criar um novo time de futebol, além de mais oito pessoas que contribuíram com 20 mil  réis  e também foram considerados sócios-fundadores. A ideia surgiu depois de assistirem à atuação do Corintian  FC.  equipe  inglesa  de futebol fundada em  1882  que excursionava pelo Brasil.  Os ingleses eram chamados pela imprensa da época de "Corinthian's Team", mas o time brasileiro só seria batizado "Sport Club Corinthians Paulista" depois de muita discussão e algumas reuniões. O presidente escolhido por eles foi o alfaiate Miguel Battaglia, que já no primeiro momento afirmou, "O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time". Da primeira arrecadação de recursos à compra da primeira bola de futebol do clube pouco tempo se passou, na verdade, apenas uma semana. Um terreno alugado na  Rua José Paulino  foi aplainado e virou campo, e foi lá que, já no dia 14 de setembro, o primeiro treino foi realizado diante de uma plateia entusiasmada que garantiu: "Este veio para ficar". De partida em partida o time foi se tornando famoso, mas era ainda um time de várzea.



    segunda-feira, 24 de agosto de 2020

    São Paulo Futebol Club - Clubs da cidade de São Paulo

     


    história do São Paulo Futebol Clube  começou a se desenhar em  1900,  quando o  Club Atlético Paulistano foi fundado. O Paulistano logo se destacou, tornando-se a grande potência do futebol paulista e brasileiro  no início do  século XX. O Paulistano se recusava a aderir ao iminente profissionalismo do futebol, e alguns dissidentes juntaram-se à  Associação Atlética das Palmeiras,  que possuía o melhor estádio da época, mas estava com muitas dívidas, para fundar o São Paulo.

    A trajetória do São Paulo mostra como e por que o clube é o mais vitorioso do futebol brasileiro  com a maior quantidade de conquistas nos três principais torneios de futebol disputados por clubes brasileiros, o  Campeonato Brasileiro  (seis títulos), a  Coá Libertadores da América  (três títulos) e o Campeonato Mundial de Clubes (três títulos).













    quarta-feira, 12 de agosto de 2020

    Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos







    Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, localizada no  Largo do Paiçandu, n região  na região central da Cidade de  São Paulo,  foi construída gratuitamente por trabalhadores  negros  no início do século XX. Originalmente, era localizada na Praça Antônio Prado, onde  foi construída entre os anos de 1721 e 1722. Era um espaço de reunião de negros e escravos, que celebravam ritos católicos misturados com crenças de origem  banto.  Com o processo de urbanização iniciado pelo prefeito Antônio Prado, a antiga igreja foi demolida em 1903 e depois reconstruída onde se encontra atualmente. A nova igreja foi consagrada em  1906,  quando grande procissão, acompanhada por banda, trasladou as imagens do antigo templo.







    História

    A Irmandade dos homens pretos


    As irmandades de homens pretos surgiram na América colonial no período escravocrata como forma de socialização, resistência e cooperação entre escravos e os alforriados. A figura da Mãe de Deus, representada pelo rosário, destacou-se fortemente nos cultos dessas irmandades por dois motivos: uma catequização dos escravos, quanto à importância da Virgem Maria, que vinha sendo feita pelos portugueses desde as Costas africanas; e pela adoção comunitária de um único santo (denominado patrono), que embasaria o culto, tipicamente banto, em torno de um ancestral comum.

    A associação de irmandades, que no geral eram muito pobres e não contavam com posses territoriais, era muito comum, pois permitia que diferentes associações religiosas utilizassem o mesmo templo. Um exemplo é a Irmandade de Santa Ifigênia (uma princesa Núbia que foi catequizada), que, sendo a maior e de mais destaque entre as irmandades, ficou responsável por outras agremiações menores.A atual Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, por exemplo, é considerada uma capela dependente da  Igreja paroquial de Santa Ifigênia. 

    Um exemplo da mistura entre as divindades católicas e pagãs nos cultos dos homens pretos era a substituição de nomes de santos católicos por nomes da tradição negra. São Benedito era chamado de Lingongo; Santo Antônio de Vereque; e Nossa Senhora das Dores de Sinhá Samba. Esse sincretismo religioso era necessário quando as religiões de matriz africanas eram negligenciadas pelos homens brancos no Brasil (normalmente os donos de escravos, senhores de engenho).






    A primeira igreja

    A primeira Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foi fundada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos no século XVIII. Sua história começou com uma petição da Irmandade, no ano de 1721, ao então rei de Portugal, Dom João V, pedindo permissão para construir um templo "que pudesse solenizar os mistérios do Rosário da Mãe de Deus". Apesar de não haver registros da resposta real, presume-se que ela tenha sido favorável, uma vez que nos anos subsequentes começou um processo de arrecadação de fundos para a construção da igreja. Nesse mesmo ano, enquanto não tinham os recursos necessários nem a permissão oficial da realeza, os escravos, proibidos de frequentar as igrejas dos brancos, construíram uma pequena capela nas proximidades do ribeirão do Anhangabaú. Na época, tratava-se de um subúrbio da cidade reconhecido pelas reuniões de escravos e de alforriados. Essa primeira igreja foi construída de  taipa e pilão  e tinha características predominantementes barrocas.

    O processo de arrecadação de dinheiro começou em 1725, quando o ermitão Domingo de Melo Tavares, devoto da Irmandade dos homens pretos, começou uma peregrinação pelo estado de Minas Gerais recebendo esmolas em nome da Irmandade. Nesse mesmo ano a Irmandade pediu um terreno para a Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) para que a igreja pudesse ser construída. O pedido foi visto com simpatia por D. Antônio de Guadelupe, bispo de São Paulo, que os ajudou a conseguir o terreno. No Livro do Tombo da Sé há uma referência ao fato: ele diz que a Virgem do Rosário foi "colocada pelos pobres escravos e pretos com toda a devoção na Capela que edificarão por graça do Ex. Snr. d. Antonio de Guadelupe". Como a irmandade era muito pobre, constituída pelos escravos e alforriados, quase todos os elementos que compunham a primeira igreja, como móveis, madeira, imagens de santos, tecido, toalhas e bordados para o altar, entre outros foram adquiridos através de doações.

    Foi esse terreno, no qual a primeira capela tinha sido construída, que foi doado pela Câmara de São Paulo para a Irmandade em 10 de julho de 1728. Somado aos 10 mil cruzados que o ermitão Tavares recolhera de doações em Minas Gerais, a posse legal do terreno permitia a construção de uma igreja canônica. As obras começaram nesse ano, e há registros de terem acabado apenas em 1737. A conclusão das obras foi comemorada com a celebração de uma missa seguida da festa de Congos (congada). As outras referências à igreja registradas são de épocas bem posteriores: há duas cartas registradas na Câmara em 1750 e, em 1783, ela figura em uma relação de templos paulistas feita por Manuel Cardoso de Abreu. Em 5 de novembro de 1745, o ermitão que arrecadou os fundos para ereção da igreja foi nomeado Administrador Perpétuo das Obras da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

    O antigo templo ficava na atual rua 15 de Novembro, região central da cidade de São Paulo, na esquina com a atual Praça Antônio Prado. Sua fachada ficava na rua 15 de Novembro, e era formada por quatro janelas, uma torre do lado esquerdo, que possuía uma janela baixa, e duas portas. Sua outra face, voltada para o Largo do Rosário, possuía uma porta de entrada para a sacristia e uma janela acima desta. A capela-mor possuía seis tribunas e um altar com painel da N. S. do Rosário, ao lado de S. Roque e S. Antônio. O corpo da igreja possuía quatro tribunas, dois púlpitos e dois altares, sendo um para Bom Jesus da Prisão, Santa Ifigênia e Santo Elesbão e outro para o Sagrado Coração de Jesus. A capela do Bom Jesus da Pedra Fria ficava à esquerda da igreja, sendo o outro lado tomado pela sacristia e um altar de Nossa Senhora das Dores.

    A criação de uma igreja apenas para os negros evidencia dois traços importantes da época: o número crescente de escravos que eram trazidos para São Paulo; e a capacidade de associação e cooperação entre si. Nas palavras da pesquisadora Fernandes, a criação dessa igreja “constitui-se como entidade de união e auxílio mútuo de forros e escravos da cidade, atuando ainda como promotora de alforrias e participando das atividades abolicionistas”.





    terça-feira, 2 de junho de 2020

    Prefeitura Municipal de São Paulo












    O Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, na região central, está aberto para visitas monitoradas.  Os passeios são gratuitos e acontecem de segunda a sábado, sempre às 10h30, 14h30 e 16h30. Para participar, os interessados devem se inscrever no balcão do próprio edifício, localizado no Viaduto do Chá, com uma hora a até 15 minutos de antecedência, basta apresentar um documento original, oficial e com foto.

    As visitas têm duração prevista de uma hora e são formadas por grupos de até dez pessoas, sempre acompanhados por um funcionário da SPTuris, que conta as histórias e curiosidades sobre o edifício.

    O passeio se inicia em frente ao prédio, no próprio Viaduto do Chá, onde os visitantes recebem informações sobre a história do edifício e sua arquitetura. Em seguida, o grupo é levado ao hall de entrada, onde fica um enorme mapa do Brasil, do ano de 1939. Por fim, a visita é encerrada no jardim, localizado na cobertura do prédio, onde há 3 mirantes e mais de 400 espécies vegetais de todas as partes do mundo. Dos mirantes, é possível ver alguns pontos turísticos bem conhecidos em São Paulo, como os edifícios Copan, Altino Arantes (Banespa) e o Theatro Municipal.

    História
    Localizado no Vale do Anhangabaú junto ao Viaduto do Chá, o Edifício Matarazzo é um dos cartões-postais da cidade e sede administrativa da Prefeitura Municipal desde 2004.

    O prédio possui um estilo que lembra construções italianas da década de 30 e foi projetado por Severo e Vilares, com revisão do arquiteto italiano Marcello Piacentini. A construção foi entregue ao proprietário, Francisco Matarazzo Júnior, e funcionou como sede das indústrias da família até 1972, quando foi vendido ao Grupo Audi.

    Também conhecido como “Banespinha”por ter sido uma das sedes do Banco do Estado de São Paulo até 2003 ou Palácio do Anhangabaú, o edifício foi cedido à Prefeitura depois de uma renegociação da dívida da Companhia Municipal de Transportes Coletivos, em 2004, quando passou a abrigar a sede da administração municipal.

     

    Orientações para a visita
    - A visitação tem duração prevista de uma hora;
    - É permitido fotografar os ambientes visitados;
    - Não é permitido fumar, comer ou beber nas dependências do edifício;
    - Evitar carregar bolsas, sacolas e mochilas durante a visitação. Preferencialmente portar o mínimo possível de objetos pessoais;
    - A entrada de animais não é permitida, somente cães-guias que estejam acompanhando pessoas com deficiências visuais;
    - Não será permitido inserir-se no grupo de visita após ela ser iniciada;
    - Não será permitido abandonar a visita antes que esteja finalizada;
    - Em caso de chuva e/ou manifestação pública, a visita poderá ser cancelada.

     

    Serviço
    Edifício Matarazzo
    Endereço: Viaduto do Chá, 15 – Anhangabaú – Centro
    Mais informações: visitaedificiomatarazzo@spturis.com
    Funcionamento: Segunda a sábado: 10h30, 14h30 e 16h30

    sexta-feira, 1 de maio de 2020

    Estadio Paulo Machado de Carvalho








    Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho








    Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido por Estádio do Pacaembu ou simplesmente Pacaembu, é um  estádio  desportivo localizado na praça  Charles Miller,  no final da avenida Pacaembu, no bairro do Pacaembu,  na zona central da cidade de São Paulo, no Brasil. Foi inaugurado na década de 1940 com capacidade para 70 mil espectadores e, na época, era considerado o mais moderno estádio da América do Sul.
    Além do campo de futebol, parte mais conhecida, o local também abriga o Complexo Esportivo do Pacaembu, aberto gratuitamente aos cidadãos, que contém estruturas para atividades físicas variadas. Por fim, ali também está o  Museu do Futebol,  construído, literalmente, embaixo das arquibancadas do estádio. Pertencente à  prefeitura da capital paulista,  o Pacaembu pode ser alugado para a realização de eventos diversos.

    O estádio foi tombado pelo  CONDEPHAAT ( Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Artístico e Turístico),  em 1998, em virtude de seu estilo  Art Déco, , característico da época em que foi construído.

    História

    Projeto e construção






    Durante as décadas de 1920 e 1930, o futebol brasileiro passou por inúmeros problemas envolvendo o controle de sua gestão esportiva. Como consequência, houve alguns resultados aquém das expectativas para dirigentes, jogadores e torcedores nas principais competições de que a seleção brasileira participava. Dividida entre a CBD, Confederação Brasileira de Desportos, que defendia a prática do amadorismo, e a FBF, a Federação Brasileira de Futebol, organização que acreditava no desenvolvimento de um profissionalismo para a divulgação do esporte ao redor do mundo, a Seleção teve dois grandes fracassos nas primeiras edições da Copa do Mundo: sexta colocada em  1930,  no Uruguai, e décima quarta na edição de 1934, na Itália. 

    Com sua consolidação após a promulgação da Constituição de 1934, o presidente  Getúlio Vargas  iniciou um projeto de apoio nacional aos esportes, que seriam responsáveis por representar a nação ao redor do mundo. Para ele, a construção de uma nação forte através do esporte seria uma forma de demonstrar a mudança do país.




    Idealizada pela Prefeitura de São Paulo em 1936, a construção do Estádio do Pacaembu também estava inserida neste modelo de pensamento. Com início das obras no mesmo ano, o  prefeito Fábio Prado e o governador Armando de Sales Oliveira  participaram da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da obra, na zona oeste da cidade, em janeiro. Com a instauração do regime do  Estado Novo,  em 1937, algumas mudanças foram realizadas no comando da obra, já que os projetos arquitetônicos do governo eram motivações para demonstrar a força do país. Comandante municipal a partir deste momento, Prestes Maia  interrompeu o projeto, para que mudanças fossem implantadas, principalmente na ampliação do estádio e também nas colunas, semelhantes ao Estádio Olimpico de Berlim.









    O Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho foi inaugurado em 27 de abril de 1940, com a presença do então  presidente da República, Getúlio Vargas,  acompanhado do interventor Ademar de Barros e do prefeito Prestes Maia.  A obra também atuava como uma maneira de evidenciar o espírito presente no momento histórico de sua inauguração, buscando a fé do país e a busca pela grandeza da nação, atuando como símbolo de progresso ao Brasil.
    Mais de 50 mil pessoas foram ao Pacaembu naquela tarde acompanhar a apresentação e os desfiles que marcaram a estreia do, na época, maior e mais moderno estádio sul-americano. Apesar de ser conhecido pela sua grande habilidade como orador, Getúlio Vargas foi recebido por uma sonora vaia pelo público paulistano. Depois de ter chegado ao poder com o Golpe de 30, sobre o então presidente paulista Washington Luis  e ter, em seguida, reprimido a  Revolução Constitucionalista de 1932,  Vargas não era um personagem bem quisto em São Paulo.
    Além das vaias, outra manifestação política foi feita pelo público presente. Durante o período da  Ditadura Vargas,  eram proibidas as ostentações das bandeiras estaduais, mas, durante os desfiles das delegações que representavam clubes da capital paulista, a do São Paulo  entrou ostentando o nome e as cores do time, que são as mesmas do Estado de  São Paulo.  O estádio inteiro e os locutores de todas as rádios, revoltados com a censura, driblaram-na aplaudindo de pé a equipe, o que gerou o apelido de "O Mais Querido" ao clube.
    No dia seguinte, 28 de abril de 1940, a política ficou de lado, dando espaço ao futebol. Foi nesta data que teve início, em rodada dupla, o torneio  Taça Cidade de São Paulo,  criado para inaugurar o Pacaembu. Com apenas quatro participantes — Palestra Itália, atual Sociedade Esportiva Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro - , a competição era no formato eliminatório. Dois jogos na fase semifinal e os vencedores se classificavam à final.
    A primeira partida foi disputada entre o Palestra Itália e o Coritiba. Com apenas dois minutos de bola rolando, Zequinha, do Coritiba, marcou o primeiro gol da história do Pacaembu. Apesar disso, o Palestra virou a partida e venceu por 6 a 2. Logo na sequência, o jogo foi entre o Corinthians  e o Atlético Mineiro, vencido por 4 a 2 pelo clube paulista.
    No final de semana seguinte, dia 4 de maio, o Palestra Itália entrou em campo para enfrentar o Corinthians na grande decisão da competição. Com gols de Echevarrieta e Luizinho, para o time palestrino, e de Begliomini, para o clube alvinegro, o Palestra venceu o rival paulistano por 2 a 1 e se tornou a primeira equipe a vencer um título no estádio. Coincidentemente, o próprio Palmeiras é atualmente a agremiação que mais vezes foi campeã no Pacaembu, somando 26 conquistas.
    Dois anos depois, em 1942, o estádio recebeu o maior público de sua história. 71.281 pessoas se dirigiram ao local para assistir a partida entre São Paulo e Corinthians, que terminou empatada em 3 a 3, em partida válida pelo Campeonato Paulista. Além do confronto contra o rival local, o jogo chamou a atenção do público por marcar a estreia de Leônidas da Silva,  o Diamante Negro, no Tricolor Paulista. Craque da seleção brasileira na  Copa do Mundo de 1938,  o atacante era um dos principais nomes do esporte na época.
    Antes da reforma para sediar os jogos da Copa do Mundo de 1950 a revista O Globo Sportivo publicou reportagem sobre o estádio, divulgando a capacidade oficial do Pacaembu como sendo para 55.041 expectadores no total, sendo dividida por setores da seguinte forma: 1.634 numeradas, 1.172 numeradas descobertas, 7.235 numeradas descobertas simples, 15.000 arquibancadas e 30.000 gerais, além de que o número de ingressos vendidos na partida recorde do estádio, na estreia de Leônidas da Silva, contabilizou 63.291.


    Mudança de nome










    Apesar de ser normalmente chamado de Pacaembu, foi em 1961 que o nome oficial do local passou a ser Estádio Municipal  Paulo Machado de Carvalho.  Isso ocorreu porque a Prefeitura de São Paulo quis homenagear o chefe da delegação brasileira da Copa do Mundo de 1958, que rendeu o primeiro título mundial de futebol ao país. Formado em Direito, a relação próxima de Paulo Machado de Carvalho com o futebol já havia começado dentro do São Paulo Futebol Clube, onde chegou a assumir o cargo de presidente entre 1946 e 1947.

    Durante a Copa de 1958, Paulo ganhou destaque na final do torneio. Contra a Suécia, anfitriã da competição, o Brasil foi obrigado a jogar com uniforme azul. Preocupado com a superstição dos atletas, que disputaram todo o torneio com a camisa amarela, o chefe da delegação fez questão de dizer aos jogadores que a mudança traria sorte porque as novas roupas eram da mesma cor que o manto de Nossa Senhora Aparecida. Quatro anos depois, Paulo foi chefe da delegação da seleção que ganhou o bicampeonato mundial em 1962, o que lhe garantiu o apelido de "Marechal da Vitória".

    Museu do Futebol


    Desde o ano de 2008, existe no interior do estádio o Museu do Futebol,  uma homenagem à cidade onde foi introduzido o esporte bretão no Brasil, por meio do paulista  Charles Miller -  descendente de ingleses e escoceses — e que é homenageado com o nome da praça em frente ao estádio. O museu apresenta diversos itens sobre a história do futebol, incluindo gols e narrações históricas, camisas de jogadores e história das Copas do Mundo. além de organizar diversas atividades esportivas, educativas e oficinas.







    Hospital de campanha





    O hospital de campanha montado pela Prefeitura de São Paulo no estádio do Pacaembu começou receber dia 06-04-2020,  pacientes diagnosticados com a covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus. Foram encaminhados para o local pacientes de média e baixa complexidade que estavam internados nas unidades de saúde das redes municipais. A previsão é que cada doente fique internado por 14 dias. Se houver agravamento, serão encaminhados para hospitais de referência.

    domingo, 19 de abril de 2020

    Praça Ramos de Azevedo







    Praça Ramos de Azevedo



    Praça Ramos de Azevedo é um  logradouro  situado no bairro da República, no  Centro do município de São Paulo, no Brasil,  famosa por abrigar o Teatro Municipal de São Paulo. Foi criada para homenagear o arquiteto do Teatro Municipal em 1911  e passou a ter esse nome apenas em 1928.
    A praça se localiza em frente ao  Teatro Municipal de São Paulo,  sob o Viaduto do Chá,  ao lado do  Prédio Alexandre Mackenzie  e compõe, com tais espaços, um conhecido cartão-postal da cidade







    Histórico

    A Praça Ramos de Azevedo nasceu em 1911, juntamente com o Teatro Municipal de São Paulo, porém teve sua inauguração apenas em 1928 - 17 anos após a inauguração do Teatro. Naquela época, era mais conhecida como Esplanada do Teatro, por causa do engenheiro Vitor da Silva Freire, que fazia parte de um conjunto de obras para urbanização do Vale do Anhangabaú. Antes da aparição do teatro, a região abrigava cortiços que foram demolidos por causa da célebre edificação.
    O local passou a ser conhecido como Praça Ramos de Azevedo apenas em 1928, em homenagem ao arquiteto que construiu o Theatro Municipal. 


    O desenho da praça

    A Praça Ramos de Azevedo fica no terreno onde antes estavam terrenos da Chácara do Chá, pertencentes ao Barão de Itapetininga,  José Joaquim dos Santos Silva,  que realizava na região o cultivo de chá. O espaço começou a ser recortado, até a sua transformação em praça, a partir de 1855, com a abertura da Rua Formosa. No dia 21 de abril de 1863,  a desapropriação de outros lotes foi autorizada pela  Câmara Municipal de São Paulo,  que decidiu reservar o local para a abertura das ruas Coronel Xavier de Toledo, Conselheiro Crispiniano, Barão de Itapetininga e 24 de maio. Estas vias foram oficialmente entregues entre 1875 e 1876. Em 6 de novembro de 1892,  foi inaugurado o  Viadyto do Chá,  o primeiro da cidade de São Paulo, que passa sobre a praça. 
    A partir de  1895,  gestores da prefeitura passaram a discutir a possibilidade de construção de um grande Teatro na capital paulista. O local, então conhecido como “Encosta do Morro do Chá” (que viria a se transformar na Praça Ramos de Azevedo somente em 1928) foi o escolhido. Em  1903,  a Prefeitura entrou em acordo com o Governo Estadual, que transferiu para o município o citado terreno.





    A construção do Theatro Municipal de São Paulo

    As obras para a construção do Theatro Municipal foram iniciadas em 16 de junho de 1903. O trabalho foi projetado pelos arquitetos italianos Domiziano Rossi e Cláudio Rossi (apesar da coincidência, ambos não são irmãos), que prestavam serviços para o escritório do arquiteto brasileiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, conhecido como  Ramos de Azevedo.  O erguimento foi concluído após 8 anos, em 11 de outubro de 1911, com a inauguração oficial do Theatro Municipal de São Paulo.
     Antes da chegada do prédio, a região abrigava  cortiços,  demolidos com a famosa edificação. A partir daí, a praça onde está situado o empreendimento passou a ser conhecida como Esplanada do Theatro. Em frente ao Theatro Municipal, desde 1907, já funcionava o Teatro São José, que acabou sendo demolido em 1924. Além destes, mais duas casas de espetáculos estavam instaladas no lado oeste do Anhangabaú. Para aprimorar as condições de acesso à região, técnicos da prefeitura decidiram realizar obras na região frontal ao Theatro. O projeto escolhido foi o de Joseph Antoine Bouvard, que previa a construção de uma área ajardinada que iria da Rua Líbero Badaró à Conselheiro Crispiniano e incluía a área em torno do Teatro. O nome do espaço só foi alterado para Praça Ramos de Azevedo em 1928, ano da morte do arquiteto, como homenagem ao responsável pelo Theatro Municipal, o principal monumento construído no local e a praça ganhou seu nome. Após o ajardinamento da encosta do Morro do Chá, depois denominada Praça Ramos de Azevedo, o local, com alamedas curvas e tratamento paisagístico requintado, constituiu-se numa espécie de antessala para o Theatro, em uma ambientação que valorizava um dos mais importante espaços artísticos da cidade. 






    sábado, 18 de abril de 2020

    Theatro Municipal de São Paulo

    Theatro Municipal de São Paulo










    Theatro Municipal de São Paulo é um dos mais importantes teatros do Brasil  e um dos cartões postais da cidade de São Paulo.  Localizado no centro da cidade, na Praça Ramos de Azevedo,  foi inaugurado em 1911 para atender ao desejo da elite paulista da época, que queria que a cidade estivesse à altura dos grandes centros culturais.
    Seu estilo arquitetônico é semelhante ao dos mais importantes teatros do mundo e foi inspirado na  Ópera de Paris.  O edifício faz parte do Patrimônio Histórico do estado desde 1981 quando foi tombado pelo  Condephaat.  Além de sua importância arquitetônica, o teatro também possui notabilidade histórica, pois foi palco da  Semana de Arte Moderna,  o marco inicial do Modernismo  no Brasil.
    É considerado um dos palcos de maior respeito do Brasil e apresenta uma das maiores e melhores produções líricas do país.
    Desde 2011 o Theatro Municipal passou a ter mais autonomia administrativa e artística da Secretaria Municipal de Cultura, sendo administrado então pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
     No ano seguinte passou a contar com um anexo: a Praça das Artes,  um conjunto arquitetônico que abriga seus corpos artísticos e funciona como uma extensão de suas atividades, sendo sede também da Sala do Conservatório, da Escola de Dança de São Paulo e da Escola Municipal de Música de São Paulo.






    História

    Idealização, construção e inauguração



    O gosto pela música erudita já havia sido formado por influência da Corte, tendo grande impulso durante reinado do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina.  Vários teatros foram construídos ao longo da costa brasileira e interior do Brasil. Na cidade de São Paulo, pequenos teatros cumpriam a tarefa da recepção de companhias internacionais que se apresentavam em teatros como o  Teatro Provisório Nacional, Teatro Politeama, Teatro Minerva e Teatro Apolo,  assim como o melhor deles, o  Theatro São José. 





    Iniciou-se no ano de 1895 as discussões sobre a construção de um teatro especificamente para ópera com um projeto enviado para a Câmara Municipal  que tramitou sem sucesso. Em 1898, após o Theatro São José  ser destruído por um incêndio, a Câmara Municipal lançou incentivo para o empreendimento da construção de um novo teatro, mediante a isenção de impostos. O empreendimento seria efetuado quando a concessão para isenção de impostos é estabelecida em 50 anos. O Escritório Técnico de  Ramos de Azevedo,  apresenta a proposta de construção. Outra proposta já havia sido apresentada por  Cláudio Rossi  ao primeiro prefeito Antonio Prado  que fez a aproximação entre o escritório de Ramos de Azevedo.







    O local escolhido para a construção foi o Morro do Chá, que já abrigava o Teatro São José. Com o projeto de Cláudio Rossi,  desenhos de  Domiziano Rossi  e construção pelo Escritório Técnico de  amos de Azevedo,  as obras foram iniciadas em 26 de junho de 1903  e finalizadas em 1911. O estilo arquitetônico da obra é o eclético,  em voga na Europa desde a segunda metade do  século XIX,   sendo o último o estilo da época. O teatro é estruturado em quatro corpos: a fachada, composta pelo vestíbulo, o salão de entrada e a escadaria nobre; o central, no qual encontra-se a sala de espetáculos; o palco; e, por fim, o ambiente onde estão localizados os camarins.

    A inauguração estava marcada para o dia 11 de setembro, mas devido ao atraso na chegada dos  cenários  da companhia Titta Ruffo  em São Paulo, pois vinham de turnê pela  Argentina,  foi adiada para 12 de setembro. Houve uma grande aglomeração de pessoas no entorno do edifício. Cerca de 20 mil cidadãos vieram admirar a iluminação com energia elétrica  vinda do interior e do entorno do Theatro Municipal, algo que era atípico na época.
    Além da inauguração, a noite de 12 de Setembro de 1911 foi cenário do primeiro trânsito da cidade de São Paulo. O espetáculo foi iniciado com a abettura da ópera  II Guarany, de Carlos Gomes,  devido à pressão da crítica paulistana. Seguiu-se depois a encenação da ópera Hamlet, de Ambroiesa Thomas, com o barítono Titta Ruffo  no papel principal. A companhia apresentou outras óperas durante a primeira temporada.

    Os primeiros anos


    No período de 1912 a 1926, o teatro apresentou 88 óperas de 41 compositores, sendo dezessete italianos, dez franceses, oito brasileiros, quatro alemães e dois russos, totalizando 270 espetáculos. Mas o fato mais marcante do teatro no período e talvez em toda a sua existência foi um evento que assustaria e indignaria grande parte dos paulistanos na época: a  Semana de Arte Moderna  de 1922.






          Semana de Arte Moderna

    De 11 a 18 de fevereiro, o Theatro Municipal sediou um evento  modernista que veio a ser conhecido como a Semana de Arte Moderna.  Durante os sete dias de evento, ocorreu uma exposição modernista e nas noites dos dias 13, 15 e 17 de fevereiro aconteceram apresentações de  música, poesia  e palestras sobre a  modernidade  no país e no mundo.





    O Modernismo  pregava a ruptura de todo e qualquer valor artístico que existira até o momento, propondo uma abordagem totalmente nova  à pintura, à poesia, à literatura e aos outros tipos de  arte. A Semana de Arte Moderna  contou com nomes já consagrados, como  Graça Aranha  e outros, que se tornariam futuros grandes expoentes do modernismo brasileiro. Participaram do movimento Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, Di Cavalcanti, Cavalcanto, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos,  entre outros.  Tarsila do Amaral  não participou da Semana, pois se encontrava na Europa na ocasião e teve conhecimento do evento por meio de cartas, sobretudo de Anita Malfatti, amiga que a apresentaria, em meados de 1922, a Menotti, Mário e Oswald. Essas cinco personalidades passaram a se frequentar e se reunir a partir de então, passando a se autodenominar como o Grupo dos Cinco,  em que informações sobre a arte moderna eram trocadas, vivenciadas e praticadas.

    Meados do século XX



    Com o passar dos anos, o teatro, que havia sido feito exclusivamente para a ópera, mostrou-se capaz de abrigar outros eventos artísticos, como, além da  Seana de Arte Moderna,  performances de bailarinas como  Anna Pavlova e Isadora Duncan, 

    Nas décadas seguintes, houve uma queda de público e a opulência do teatro foi desaparecendo devido a outras construções nos arredores que acompanhavam o crescimento de São Paulo, como, por exemplo, o  Edifício Altino Arantes. 

    Entre 1952 e 1955 acontece a primeira grande reforma do edifício durante a gestão do prefeito  Jânio Quadros.  Esta reforma teve por objetivo a entrega do teatro para as comemorações do Quarto Centenário da cidade de São Paulo,  mas por atraso nas obras, a reinauguração só aconteceu em 1955. A sala de espetáculos teve suas ordens demolidas e reconstruídas. Foram retirados os camarotes de proscênio para dar lugar ao orgão G. Tamburini.  Os ornamentos e mobiliários foram refeitos pelo Liceu de Artes e Ofícios.  O vermelho tornou-se a cor oficial da sala, bem como da tapeçaria e estofamento das poltronas e cadeiras. Houve ainda a instalação de elevadores e sistema de ar condicionado.

    Quanto mais os anos passavam, apesar de ainda gozar de grande respeito, o Theatro Municipal, foi perdendo espaço como centro de cultura para a população, que passou por diversas transformações sociais e culturais durante todo o século. Assim, as apresentações do teatro ficaram voltadas apenas para um público muito seleto.







    Fim do século XX aos dias atuais




    Na década de 1980, o teatro passou por uma segunda reforma, iniciada na gestão do prefeito  Jânio Quadros.  Essa teve como intuito modernizar os equipamentos e maquinários de palco e restaurar a fachada. Nesta reforma, buscou-se tamanha fidelidade que a fachada foi restaurada com arenito vindo da mesma mina que forneceu o material para a construção original do prédio no início do século. Além disso, a cor verde foi restituída a partir da prospecção realizada na parede interna que abriga o órgão, única a não ser alterada na reforma dos anos 50. Todo o estofamento, tapeçaria e pintura da sala passa ao verde. A reforma foi concluída em 1991 já sob a gestão de Luisa Erundina. 

    Ao se aproximar de seu centenário, novas obras de restauração foram iniciadas no edifício em 2008. Foi a terceira e mais complexa reforma do edifício, onde foi refeita toda a parte de sonorização, acústica, mecânica cênica e tratamento acústico do fosso da orquestra. Foi restaurado,também, o palco, pinturas antigas e mais de 14 mil vitrais. Além disso, deixando o verde para trás com a intenção de tornar a aparência mais antiga, o vermelho tornou-se novamente a cor principal da sala de espetáculos, assim como a tapeçaria e os estofamentos das poltronas. A intenção da restauração foi de deixar o Theatro Municipal com a aparência do século passado, só que mais moderno por dentro. As obras foram concluídas em novembro de 2011






    Neste mesmo ano o teatro deixou de fazer parte do departamento da Secretaria Municipal de Cultura e foi transformado em fundação de direito público através da Fundação Theatro Municipal,  passando a ser gerido pelo Instituto Brasileiro de Gestão Cultural em 2013. O objetivo de transferir a gestão para uma Organização Social  foi dar mais autonomia administrativa e financeira ao teatro, porém a iniciativa não foi tão bem sucedida e escândalos de corrupção surgiram em 2016 durante a gestão de  John Neschiling,  que foi afastado dos cargos de diretor artístico e regente titular.
    Em março de 2017 a Justiça decidiu transferir a administração do Theatro Municipal de volta às mãos da Prefeitura de São Paulo. O descumprimento da ordem, com prazo de 90 dias para o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural abandonasse as atividades, acarretaria uma multa diária de R$10.000. A decisão foi tomada por conta das irregularidades na administração do teatro, que causaram prejuízos de cerca de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
    Em 2019,  Hugo Possolo,  assumiu o cargo de diretor artístico do Theatro Municipal, antes ocupado por Cleber Papa. Roberto Minczuk  é o atual regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.


    Infraestrutura






    As obras de restauração finalizadas em 2011 modernizaram o edifício do teatro e o palco foi equipado com modernos mecanismos cênicos. O problema de falta de salas de ensaio, estrutura e espaço físico nos bastidores foi parcialmente resolvido em 2012 com a inauguração da  Praça das Artes,  complexo cultural que passou a funcionar como um anexo do teatro e palco para diversos eventos culturais.

    Na inauguração do primeiro módulo, a  Praça das Artes  passou a abrigar a  Escola Municipal de Música de São Paulo e a Escola de Dança de São Paulo. Além disso, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo  ocupou a Sala do Conservatório que está localizada no andar superior do antigo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e a Orquestra Experimental de Repertório  passou a utilizar as dependências da escola de música para seus ensaios.



    A segunda fase do conjunto arquitetônico, atualmente em obras, contempla a conclusão do edifício dos corpos artísticos. Após a finalização, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, o Coro Lírico Municipal de São Paulo, o Balé da Cidade de São Paulo e o Coral Paulistano Mário de Andrade serão abrigados neste edifício e contarão com melhor infraestrutura para seus ensaios. Nesta fase também serão inauguradas uma praça interna com abertura para a rua Formosa, um jardim e um bar externo. Embora a  Praça das Artes  não esteja conectada fisicamente ao Theatro Municipal, ela funciona como seu anexo e está localizada no quarteirão atrás do teatro. Há ainda um projeto de ampliação do conjunto arquitetônico, aumentando a área destinada à escola de dança e construção de um auditório e discoteca.


    A estrutura física do teatro tem capacidade para atender 1523 pessoas, porém nem todos os seus assentos possuem visão completa para o palco. Em 28 de setembro de 2014 foi publicado pela  Folha de São Paulo  o resultado de uma avaliação feita pela equipe do jornal ao visitar os sessenta maiores teatros da cidade de São Paulo. O Theatro Municipal foi premiado com três estrelas, uma nota "regular", com o consenso: "Pontos positivos: compra on-line, serviços e instalações. Entretanto, o número de banheiros não é suficiente, e há lugares com visão muito prejudicada (no site, eles são indicados). Em uma das visitas, muita gente dos balcões laterais teve que assistir à apresentação em pé para conseguir enxergar o que se passava no palco. O espaçamento entre as fileiras e o conforto das poltronas são regulares. No ano seguinte, o teatro recebeu a mesma nota.