segunda-feira, 25 de março de 2019

Planetário do Ibirapuera - Pofessor Aristóteles Orsini










Planetário Professor Aristóteles Orsini, também conhecido como  Planetário do Ibirapuera,  está localizado no Parque do Ibirapuera,  na cidade de São Paulo.  Foi inaugurado em 26 de janeiro de  1957,  sendo o primeiro planetário  do Brasil, é administrado pela  Prefeitura de São Paulo,  através da Universidade Aberta do  Meio Ambiente.  O planetário do Ibirapuera  é considerado uma grande atração para os fãs do espaço sideral graças ao projetor de última geração Starmaster, que devido ao seu posicionamento no centro da sala e a outros fatores importantes como, características arquitetônicas, os visitantes tem-se uma sensação maior de imersão.



A estrutura que se destaca-se entre as árvores, dispõem de uma estrutura de cúpula com aproximadamente 9 metros de altura e 18 metros de diâmetro.O projeto é de autoria dos arquitetos  Eduardo Corona, Roberto Tibaue  Antônio Carlos Pitombo, inicialmente a proposta era que a construção do mesmo em uma estrutura metálica, o que foi brevemente descartado devido à questões orçamentárias, entretanto, os arquitetos acharam uma saída para tal problema, a construção de duas cúpulas sobrepostas e autônomas, a interna em concreto armado e a externa disposta em arcos de madeira e revestimento de alumínio  proporcionando espaço necessário para funções de suporte do planetário, como: administração, circulação, sanitários, entre outros serviços.
Em 2003, foi desenvolvida uma nova proposta ditada pelos arquitetos Paulo Faccio e  Pedro Dias.  Foi realizado a manutenção das características do projeto inicial e a busca de maneira crítica por materiais e técnicas que melhor as valorizassem, como por exemplo, o restauro da estrutura de  madeira que agora é mantido como um gesto simbólico para a nova fase do  planetário,  a substituição do revestimento externo por chapas de alumínio  zipada, e a inserção de uma terceira cúpula sob a cúpula de concreto exigida por uma tecnologia mais atualizada.
Em seus arredores também é possível notar o  Relógio de Sol  e a Esfera Armilar Equatorial ambos com placas informativas de como utilizar.



O espaço foi considerado um importante patrimônio histórico, científico e cultural e é tombado pelo Conselho Municipal de Tombamento e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo ( CONPRESP)  e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,  Artístico e Turístico do Estado .





Em 1951, o  Professor Aristóteles Orsini,  então diretor científico da Associação dos Amadores de Astronomia de São Paulo (AAA), sugeriu o envio de uma lista, com os planetários já existentes no mundo, para a Comissão do  Quarto Centenário da cidade de São Paulo,  que havia sido criada com o intuito de organizar as comemorações referentes aos 400 anos da cidade. A ideia inicial era de que fosse construído um planetário na capital paulistana e que sua inauguração fizesse parte dos festejos, que aconteceriam em 1954.
A proposta sugerida pelo professor foi levada adiante na então gestão do prefeito  Armando de Arruda Pereira. Assim, em 1952, a Prefeitura de São Paulo comprou o projetor Zeiss, feito pela fábrica alemã de aparelhos óticos de mesmo nome fundada por Carl Zeiss.  O custo total do aparelho foi de Cr$ 3.000.000, em valores de 1952, incluindo a embalagem e o transporte.
O professor Orsini chegou a viajar para a  Alemanha,  comissionado pela Prefeitura, para visitar o Observatório Solar de Zurique como parte do projeto de instalação do planetário paulista. Com a mesma finalidade, ele também realizou um estágio no Planetário do “Palais de la Découverte”, em Paris na França.



No entanto, pelo fato de o projetor ter sido retido no porto de Santos  por questões alfandegárias e a construção do prédio do planetário não ter sido finalizada, a inauguração teve de ser adiada e não fez parte dos eventos comemorativos do  Quarto Centenário da cidade de São Paulo. 
Finalmente em 1955, em uma Assembléia Geral da Associação dos Amadores de Astronomia de  São Paulo,  foi comunicado a todos que o projetor Zeiss havia sido liberado pela alfândega. Entretanto, ele só pode ser instalado no final de 1956, quando foi concluída a construção do edifício do planetário. O processo de instalação contou com a colaboração do Professor Orsini, ao lado do engenheiro  José Carlos de Figueiredo Ferraz - na época, Secretário de Obras do Município — e do Prof. Abrahão de Moraes, Diretor Científico da AAA.
Contudo, durante a construção da cúpula que abrigaria o projetor, surgiu outro empecilho. A previsão era de que a estrutura fosse feita de metal e custaria cerca de Cr$ 700.000 para a Prefeitura, porém, como a realização do projeto atrasou em três anos, a cúpula passou a custar Cr$ 5.000.000, valor muito superior à verba dada pelo governo municipal. A solução do engenheiro Ferraz foi projetar e executar uma cúpula de projeções feita de concreto — que acabou se tornando a primeira do gênero em todo o mundo.
Por fim, em 26 de janeiro de 1957, foi inaugurado o "Planetário Municipal de São Paulo", que posteriormente passou a se chamar Planetário Professor Aristóteles Orsini, em homenagem ao seu idealizador, que também proferiu o discurso inaugural, a convite do prefeito da época  Wladimir de Toledo Piza.




O Relógio de Sol,  foi um instrumento de extrema importância na antiguidade grega e romana,  cujo ápice foi na Idade  Idade Média,  naquela época praticamente todas as igrejas  e catedrais  dispunham de um que era construído com o intuito de regularizar os horários das orações usando como referência a posição do mesmo. Conhecido popularmente como relógio de jardim  (desenhos horizontais), a marcação de horas é dada de forma que o sol projeta sua sombra sobre a superfície com linhas que indicam as horas do dia, com uma haste afiada situada no relógio, para quando o sol  se mover, a sombra da haste se alinhe com as diferentes linhas de horas.

Tradicionalmente, os  relógio de sol  trazem o costume de carregar um lema, uma epígrafe simples, que nos resulta muitas vezes em uma reflexão sobre o tempo e a brevidade  da vida. O relógio localizado no parque do Ibirapuera  traz a seguinte frase “Carpe Diem”, traduzindo “Aproveite o dia”. De fato, por mais que o uso desse instrumento seja ultrapassado, ele ainda é muito utilizado com finalidades educacionais e como objeto de de decoração,  sendo construídos em locais públicos como, jardins, praças, parques, entre outros.




A  Esfera Armilar,  é um instrumento composto por diversos anéis, cada anel move-se separadamente e representa um dos elementos do cosmos.  A palavra Armilar, deriva-se do latim e significa bracelete, anel de ferro. A Esfera com armilas ou anéis é uma representação do Universo. A Terra ocupa a posição central nessas esferas. As armilas principais representam os meridianos celestes, na vertical o equador e os  trópicos,  na horizontal os círculos polares e na diagonal a banda do zodíaco, que traça o movimento aparente do Sol pelo céu passando pelos signos do  zodíaco. 
Em épocas passadas, tornou-se um símbolo manuelino de poder marítimo, político e econômico associado  às navegações,  onde fora utilizada como um instrumento que auxiliou os portugueses durante a  Era dos descobrimentos,  ajudando a expandir seus territórios. Era um instrumento que se orientava por meio dos astros na travessia dos oceanos. Em muitas bandeiras foi colocado o símbolo da Esfera de Armilar, incluindo a bandeira do Brasil e de Portugal.


O Projetor StarMaster é, dispõem da eficácia para avistar o céu de qualquer ponto já conhecido do universo como, por exemplo, a partir de Marte. Por fazer o uso de um sistema de projeção de fibra óptica,  inclusive todos os astros, são representados em cores e brilhos reais, de forma que combina as vantagens do design em forma de halteres com o moderno conceito starball. O equipamento foi instalado com 5 planetas não localizados na starball: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno e Terra. Este equipamento possui a capacidade de realizar uma simulação do céu de qualquer ponto do sistema solar, e também dispõem de um sistema de iluminação próprio que simula as nuvens.

sábado, 16 de março de 2019

Elvira Schuartz - através do vidro, objetos e poemas.







Após quinze anos de trabalho no sempre curioso mundo do vidro, Elvira Schuartz conta como aprendeu a transformar poesias em vidro e fazer do vidro a sua mais concreta poesia.
A artista retora a trajetória história milenar de um material misterioso e essencial que remonta a achados arqueológicos do antigo Egito até suas mais recente aplicações na telecomunicação moderna.
Apresentando suas criações desde a primeira lamparina até as premiadas  esculturas, Elvira demonstra uma criatividade sem limites e traça as raízes de sua inspiração.
A descoberta do vidro, a inevitável paixão por esse material, suas pesquisas sobre a história e as diferente técnicas da vidraria artesanal, estão todas registradas  carinhosamente nesse que no seu livro.
A história do vidro na vida de Elvira Schuartz é sobretudo a história desta paixão. Uma paixão que explode em cores, formas e versos.
Sua trajetória por esse material começa tímida, despretensiosa e se torna brilhante.
Elvira  Schuartz  é uma referência no mercado brasileiro de vidro.
Passou ainda por Nova York, Paris, Londres e Frankfurt, por onde levou um orgulho o Brasil em cada parte de suas criações.
Através do vidro é, certamente a obra nacional de referência mais completa para entusiastas e curiosos da arte da vidraria.
É imperdível,  por ser uma obra de beleza incomparável e poesias de um lirismo único.








Às vezes o vento leva meu barco - Às vezes é preciso remar








     
Textos, imagens extraídos do livro ELVIRA SCHUARTZ - Através do Vidro - objetos e poemas,                   

sábado, 9 de março de 2019

Casa das Rosas


A construção de 1935



Casa das Rosas é um casarão no estilo clássico francês, localizado na Avenida Paulista. É dedicado a diversas manifestações culturais, com enfoque em literatura e poesia, na cidade de São Paulo. É um dos edifícios remanescente da época característica da ocupação inicial de uma das principais vias da  cidade. Tem sua importância por ser um dos poucos restantes desse período relevante para o desenvolvimento do próprio  Brasil.








História
A Casa das Rosas foi construída em 1935 a partir do projeto pelo escritório sucessor de  Francisco de Paula Ramos de Azevedo, o Severo Villares.
É considerada parte integrante do rol de diversas obras de renome assinadas pelo “Escritório Técnico Ramos de Azevedo”, tais como a  Pinacoteca do Estado, Teatro Municipal de São Paulo, o Mercado Municipal de São Paulo e o Colégio Sion, por exemplo.
 A Casa das Rosas em específico, foi de autoria do arquiteto  Felisberto Ranzini.
A casa foi habitada durante os primeiros 51 anos de sua existência. Os primeiros a ter como residência o casarão foram uma das filhas de Ramos de Azevedo, Lúcia Ramos de Azevedo e seu marido, Ernesto Dias  de Castro. A residência foi passada ao filho do casal Ernesto Dias de Castro e Anna Rosa, sua esposa.



A desapropriação do imóvel se deu em  1986  e foi realizado pelo  Governo do Estado de São Paulo, cuja compromisso fora a preservação do terreno sem alterar sua originalidade.
O imóvel, tombado em 1985 pelo CONDEPHAAT, possui um dos mais belos jardins de rosas da cidade de São Paulo. Passou por reformas entre 1986 e 1991, quando mais precisamente em 11 de março de 1991, a Secretaria da Cultura implantou a Casa das Rosas – Galeria Estadual de Arte, um espaço cujo principal função era acolher exposições temporárias e circulantes do acervo de obras que o próprio Governo do Estado de São Paulo detinha, privilegiando a difusão de poesias e da arte em geral.
Em  2003, o bem tombado, foi novamente fechado para reformas e manutenção, sendo reinaugurado em 9 de dezembro de 2004 e renomeado para homenagear o poeta  Haroldo de Campos, falecido em 2003. O nome do espaço passou a ser Espaço Haroldo de Campos,] com a missão de ser um local destinado não só às artes em geral, mas também um lugar público especificamente voltado à  poesia,  proporcionando a toda São Paulo oficinas de criação, crítica literária, cursos de formação, ciclos de debate entre outros. Transformou-se num museu onde se destaca por promover a difusão e divulgação da literatura dos escritores menos favorecidos, desconhecidos e até dos esquecidos pelo mercado. Sua proposta atual visa manter o ambiente como um local cujas atividades estão no âmbito de pesquisas e leituras, com uma programação diferenciada.
Após a morte de Haroldo de Campos aos 73 anos de idade, todo seu acervo pessoal foi doado à Secretaria da Cultura do Estado em 2004. Como proposta destinada à nova função exercida pela Casa das Rosas, esta foi designada para receber o tão respeitável acervo. A partir desta decisão, foi criado o Centro Cultural Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. A Casa das Rosas possui desde seu início as características originais de seu vasto jardim de roseiras. A essência do local é reforçada também devido ao nome concebido posteriormente, retomando assim, a ideia de um espaço considerado um refúgio para qualquer tipo de manifestação artística e poética, abrigando também a primeira biblioteca do país especializada em poesias.

Arquitetura







Sobre a  arquitetura  do casarão e seus arredores há discordâncias em suas definições. Há aqueles que caracterizam a construção como pertencente ao estilo da Renascença Francesa.  Por outro lado existe a corrente que defende a assinatura do movimento  na concepção da mansão histórica. Essa concepção se dá exatamente pela presença de elementos neoclássicos, da Art Noveau,Art Déco e Neocolonial.