sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Viaduto 9 de Julho

O mirante sobre o túnel 9 de julho, que é virado para a região central, está sendo recuperado e vai abrigar a partir de agosto/15, café, espaço cultural e para eventos.

O casarão Belvedere Trianon, local onde a elite se reunia para fazer eventos no  começo do século 20, foi demolido para a construção do Masp, nos anos 1950. O espaço que restou - de mais de 400 m2 Sobre a avenida 9 de Julho e atrás do museu - está sendo recuperado para se tornar um novo ponto de encontro dos paulistanos.


Construção do Viaduto 9 de Julho em 1920.
 
 



 
Concedido pela prefeitura a empresários para a revitalização, o local - cujo acesso é feito para quem vem da avenida Paulista pela rua Professor Otávio Mendes - está passando por uma grande reforma e vai se chamar Mirante 9 de Julho.
 
A reforma que prevê ainda a revitalização do entorno, se dará em três fases. A primeira vai recuperar a parte interna do mirante, de 230 m2., a ser entregue neste mes de agosto.
 
Depois será a vez dos chafarizes da 9 de julho. A última etapa é a construção de estrutura metálica com vidro em cima da laje do mirante, que funcionará como galeria.
 
 
 
Dentro do salão do mirante serão instalados um balcão de madeira em cada ponta. No outro, um restaurante. Um espelho será colocado na ponta do café de modo a refletir as colunas originais, dando a sensação de infinito. O miolo do salão vai permitir tanto uma exposição quanto uma festa. Antes da construção da contrução da galeria sobre a laje, haverá exibições de filme em um telão instalado abaixo do viaduto Professor Bernardino Tranchesi. A escadaria de acesso à laje vai funcionar como platéia. A idéia de transformar um espaço esquecido pelos paulistanos em um centro cultural começou há dois anos.
"O local estava pintado de azul, vermelho e amarelo, tinha tapumes e casinhas dentro. Quinze pessoas moravam lá", conta o arquiteto Marcos Paulo Caldeira, da MM18.
Guerra explica que conheceu o mirante há dez anos. "É um espaço muito importante para a história da  cidade e fica perto do maior cartão-postal. É como encontrar um lugar abandonado ao lado da torre Eifel."
Para a inauguração, ainda falta iluminação e mobiliário. O interior está sendo feito pelo diretor de arte Frank Dezeuxis. Ele explica que a concepção não vai interferir na história do local.
Para a revitalização dos chafarizes, que fica embaixo, na avenida 9 de Julho, será recuperado o projeto original, sem o jardim, só com calçadão e iluminação de LED. As fontes na avenida foram reformadas em 2006, pelo então prefeito José Serra. Menos de três meses depois, elas já estavam deterioradas. Hoje, não funcionam.
História :
Parte remanescente da primeira fase de ocupação residencial da avenida Paulista, o Belvedere Trianon era o local onde a elite fazia eventos. Quando projetou a avenida, inaugurada em 1981, o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima reservou mais ou menos na metade da avenida para um belvedere (mirante, em itliano).
O local tinha vista para o centro da cidade e para o vale do riacho Saracura, "onde mais tarde seria riscada a avenida 9 de julho"., segundo o historiador Roberto Pompeu de Toledo, no seu mais recente livro, "A Capital da Vertigem".
O arquiteto, historiador e professor da FAU-USP Benedito Lima de Toledo conta que, "quando o tempo estava bom", ia lá ver a cidade.
"O terraço em forma de semicírculo era muito acolhedor", descreve.
Segundo levantamento do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), o espaço começou a ser construído em 1912, a partir de projeto de Ramos de Azevedo, que também foi o responsável pela execução da obra.
A inauguração foi em 1916. Para a construção do Masp, ele foi demolido. "A condição era preservar a vista", relembra Toledo.
Depois de ficar 20 anos no auge, nos anos 1930 O Belvedere começou a ser abandonado, ficando sem conservação e manutenção.
 
 
 
 
 
 


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Parque da Luz - Pérola da cidade de São Paulo

Tombado como patrimônio histórico, o Parque da Luz é o mais antigo da cidade de São Paulo.




Em frente a magnífica e histórica Estação da Luz, na região central de São Paulo, e ao lado  da Pinacoteca, é possível avistar o Parque da Luz, um pedaço de lazer e área verde pouco explorado - e talvez subestimado - por parte dos paulistanos.
Com uma área de 113 mil metros quadrados, o parque possui uma enorme variedade de fauna e flora.

Originalmente criado como Horto Botânico por uma Ordem Régia da Coroa Portuguesa, em 1798, apenas em 1825 foi aberto ao público como Jardim Público da Luz.
É o mais antigo parque público da cidade e foi tombado como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT  ( Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico. Arqueológico, Artístico e Turístico ) em 1981.

Ao longo das primeiras décadas de existência foram feitas várias reformas e melhorias, como a instalação do coreto e das fontes.
Em 1865, com a inauguração da estação ferroviária, o parque passou a ser um dos principais espaços de lazer dos paulistanos da época.

A  fase de decadência teve início nos anos de 1930, quando o zoológico foi desativado e as grades que circundavam o Jardim foram retiradas para facilitar o acesso da população aos trens - por muitos anos, o local serviu de zona de prostituição e tráfico de drogas.

Apenas em 1998, quando foi incorporado pela Pinacoteca do Estado, passou por um processo de revitalização e melhorias, com a instalação de esculturas. O parque atualmente abriga cerca de 50 peças que integram o acervo da Pinacoteca do Estado, com obras dos artistas Victor Brecheret. Léon Ferrari, Amilcar de Castro, José Resende, Marcelo Nietsche e outros.



Segundo a Prefeitura de São Paulo, o parque apresenta uma vegetação composta por mais de 165 espécies, espalhadas pelos bosques e jardins, como alecrim-de-campinas, andá-açu, corrticeira, jenipapo, magnólia-branca, manila copal, oiti, pau-marinheiro, pau-ferro, sapucaia e sol-da-mata.
Há também cerca de dez espécies ameaçadas, como cabreúva, cambuci e palmito-jussara.
Essa diversidade atrai muitas aves, tais como socó-dorminhoco, irerê, martim-pescador, periquitos, maracanãs, e papagaios. Neste local já foram identificados mais de 73 espécies, da qual 67 são aves.
No parque, há também a presença da ilustre população de bicho-preguiça, que habita a região desde o final do século XIX, e, segundo a Prefeitura, é uma herança do extinto zool[ogico paulistano.



 
O Parque da Luz é um passeio para a família, principalmente aos domingos, quando funciona a ciclofaixa do circuito Paulista/Centro, das 7h às 16h.
Além do playground para as crianças, há um aquário subterâneo, redescoberto no ano de 2000.
 








quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Teatro Municipal de São Paulo

Praça Ramos de Azevedo

O Teatro Municipal de São Paulo é um dos mais importantes teatros da cidade paulista, tanto por seu estilo arquitetônico semelhante ao dos mais importantes teatros do mundo.

Inspirado na Ópera de Paris, como pela sua importância histórica, por ter sido o palco da Semana de Arte Moderna em 1922, o marco inicial do modernismo no Brasil.

O teatro, construído para atender o desejo da elite paulista  que queria que a cidade estivesse à altura dos grandes centros culturais da época, assim como promover a ópera e o concerto.

Abriga atualmente a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Orquestra Experimental de Repertório, Coral Lírico, o Coral Paulistano e o Ballet da cidade de São Paulo.

O edifício faz parte do Patrimônio Histórico do estado desde 1981, quando foi tombado pela Condephat.

No térreo, há um café utilizado instalado em teatro antigo e grandiosos, serve almoço de segunda a sexta-feiras a partir das 12 00 horas.

As visitas para conhecer as dependências internas, devem ser agendadas no mesmo dia, a partir das 10 00 horas.












segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Wassily Kandinsky

Centro Cultiral do Banco do Brasil
Rua Alvares Penteado, 112 - até 28/09/2015


Duas telas dispostas lado a lado na mostra Tudo começa num Ponto traduzem bem como Kandinsky ( 1866-1944) trabalhava as cores para expressar sentimentos como alegria e tristeza.
Na primeira delas, Dois Ovais ( 1919 ), tons vibrantes de amarelo, azul e vermelho saltam aos olhos do visitante numa composição abstrata, mas com objetos reais escondidos nas pinceladas, como cúpulas de igrejas e barcos.
Em Crepuscular (1917), por outro lado, o pintor russo carrega na paleta escura, de fundo marrom, como se quisesse deixar clara a angústia.
Não espere, portanto, pinturas frias só porque são abstratas. "Ele foi único em dar expressões gráficas a emoções", diz Rodolfo de Athayde, diretor-geral da montagem. Nascido em 1866 e filho de um mercador de chá na Sibéria, o artista foi fortemente influenciado por rituais xamânicos da região, aspecto presente tanto nos quadros quanto nas peças que integram o conjunto, entre elas colares e máscaras.
É bom avisar que, apesar de ser o tema da mostra, parte das 150 obras em cartaz  não é de autoria de Kandinsky. Há itens de outros pintores russos que viveram na mesma época, caso de Mikhail Larionov, Nikolas Roerich e Vassily Ivánovitc Deníssov. Desse último a monumental O Fundo do Mar ( 1907 ), de 2 metros de altura, rouba a atenção em uma das salas.
A importância de Kandinsky na história da arte, como um dos precursores do abstracionismo, é justificada numa montagem abrangente, minuciosa nas informações e visualmente deslumbrante.

Fui convidado para reproduzir um trabalho de Kndinsky, quem me dera !