quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Prédio icônico da Avenida Paulista



         O Edifício ao lado do já demolido palacete da família Lotaif, por volta doas anos 70.




Em 1974, um anúncio de jornal oferecia escritórios em um novo ponto comercial na altura do número 949 da Avenida Paulista. O prédio de 18 500 metros quadrados era exaltado pela boa localização e por seu estilo afunilado (o 1º piso exibe 991 metros quadrados e o último, 331 metros quadrados). “Não é qualquer edifício que tem bases tão sólidas”, dizia a publicidade. O tal empreendimento receberia os primeiros ocupantes ainda naquele ano.
Com o projeto assinado por José Gugliotta e pelo reconhecido designer e arquiteto Jorge Zalszupin, a torre de 27 andares foi pensada para garantir o acesso pelos dois lados, tanto pela alameda Santos quanto pela via mais famosa da cidade. De início, o térreo abrigou o banco japonês Sumitomo Mitsui, da corporação que era sua proprietária à época. Daí o nome de edifício Sumitomo (há quem o chame atualmente de Torre Paulista). Nos últimos anos, o endereço alojou outras instituições financeiras, além de mais iniciativas, incluindo o ateliê da estilista Andressa Salomone, herdeira do Grupo Savoy, o atual dono do pedaço.

Construção hoje, cercada por espigões

 Construção hoje, cercada por espigões: o novo endereço terá 230 quartos e diária com preço salgado
                                                    A partir de 2021, o ritmo mudará por ali, pois o local vai receber a primeira unidade paulistana da rede americana Hard Rock Hotel. Para a empreitada, haverá uma reforma avaliada em 100 milhões de reais, bancada pelo grupo de investidores VCI, em parceria com o Savoy e a marca internacional. As obras para a instalação dos 230 quartos devem ser iniciadas em janeiro.

Avenida PAulista
O contrato entre o trio prevê o uso do espaço pelos próximos quarenta anos. “Vimos catorze opções de prédio até chegar a esse”, diz Samuel Sicchierolli, presidente do Grupo VCI. “Precisava ser bonito por fora, icônico.” Os hóspedes que desembolsarem os estimados 1 600 reais da diária encontrarão toda sorte de objetos de ícones da música na decoração, como instrumentos musicais e itens de vestuário, e poderão aproveitar bares e restaurantes que devem ser inaugurados ali, até mesmo no rooftop.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 13 de novembro de 2019, edição nº 2660.