domingo, 29 de julho de 2018

TemploOD Sal Ling


Tenho recebido sugestões das pessoas que acompanham meu Blog, as quais agradeço.
Quando me propus a escrever, mostrar imagens, optei pela cidade que vivo São Paulo, onde temos infinitas atrações, possibilitando que aqui venham e ou residam, possamos compartilhar juntos a história desta cidade cheia de surpresas e atrativos.

Dentre as sugestões, foi colocada por que não mostrar atrações que existam nos municípios ao redor de São Paulo.
Sugestão aceita, obrigado ¹

Começo por mostrar alguns templos budistas,  Chagdud Gonpa Odsal Ling  será o primeiro !








Chagdud Gonpa Odsal Ling é um templo budista tibetano localizado em Cotia, a 30km de São Paulo. Faz parte da tradição  Nyingma Vajaraiana.  É ligado ao templo Khadro Ling. (Três Coroas-RS) que era conduzido por S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche  e foi fundado pelo mesmo venerável mestre (cujas cinzas se encontram nos dois templos e no Tibete). Hoje o Odsal Ling é conduzido por  Lama Tsring Everest  e Lama Norbu. O templo foi utilizado como ambientação dos capítulos finais da novela Joia Rara. Por ficar próximo ao templo zen budista  Zu Lai  acaba formando um interessante polo de budismo e turismo nos arredores de São Paulo.O Odsal Ling mantém uma agenda constante de práticas, retiros e ensinamentos (fechados e públicos).
 Além disso é possível conhecê-lo com guias voluntários.







quarta-feira, 25 de julho de 2018

Vias Femininas


Datas históricas e nome de santos e de personalidades são muito utilizados para batizar ruas. Entre as homenagens a pessoas ilustres, apenas 15% se referem a mulheres, ante os 85% que prestam tributos
 a homens.
Ao todo, 3.341 vias da capital recebem o nome de figuras femininas, de acordo com o levantamento da proScore, empresa de análise de crédito.

Conheça algumas :




Rua Dona Veridiana

Na Consolação,a via homenageia Veridiana da Silva Prado, fiura de prestígio na sociedade paulistana, reconhecida por suas obras de caridade.

Dona Veridiana dá nome a uma rua no bairro de Higienópolis, na capital paulista.
Considerada uma das três senhoras fundadoras do bairro de Higienópolis, em sua primeira etapa, dos altos de Santa Cecília, juntamente com Dona Maria Antônia da Silva Ramos ( Rua Maria Antônia),  Dona Maria Angélica Souza Queiroz Aguiar de Barros ( Avenida Angélica),  cuja presença é evocada pelas ruas que levam seus nomes.

        Palacete na Rua Dona Veridiana                                                   


Rua Cacilda Becker
Localizada no bairro Jardim as Acácias, na Zona Sul, a rua relembra a atriz, que participou de mais de sessenta espetáculos teatrais em trinta anos de carreira.




Rua Anita Malfatti

Instalada na Casa Verde, na zona norte, a rua destaca a pintora paulistana, considerada uma das pioneiras do movimento modernista no Brasil.

Anita Catarina Malfatti nasceu na cidade de São Paulo no dia 2 de dezembro de 1899, mesmo ano da Proclamação da República no nosso país. Seus pais Samuel Malfatti engenheiro imigrante italiano e Eleonora Elisabeth Krug pintora norte americana de origem alemã.


   A Estudante ( 1915-1916)
   Acervo do Museu de Arte de São Paulo                                                   


Av. Hebe Camargo 



  No dia 8 de março de 1929, em Taubaté, interior de São Paulo, nascia Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, mais conhecida como Hebe Camargo. A atriz, cantora e apresentadora de televisão morreu em 2012.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Iluminação à moda antiga.





Depois de ficarem cinco anos desativadas, as luminárias a gás do Pátio do Colégio voltaram a funcionar em junho/2018. Sua história começou em 1873, quando a San Paulo Gas Company, a atual Comgás, passou a ser responsável pela iluminação da fachada de marcos importantes da cidade, como Catedral da Sé, O gás era obtido pela queima do carvão - bem antes disso, existiam lampiões que funcionavam pela combustão do azeite.
Na época, havia cerca de 700 estruturas do tipo pela metrópole, extintas nos anos 30.
As luzes à moda antiga do endereço histórico do centro resistiram.
Na década de 70, passaram a ter como base o gás de nafta e, no fim dos anos 80, o atual gás natural. O acendimento se dava de forma manual e intermitente. Em 2001, o sistema foi convertido para a ligação automatizada. Doze anos depois, os postes foram desligados de vez. O novo projeto da Congás, juntamente com a prefeitura e a administração do pátio, reativou as 38  peças das áreas externas e internas. O conjunto traz dispositivos acionados por uma fotocélula, que identifica o fim do dia e libera o gás em um queimador. Ao amanhecer, o fornecedor é desligado automaticamente.







Publicado Veja São Paulo, julho 2018.

Revolução Constitucionalista de 1932




                                                  Revolução Constitucionalista de 1932




Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no  estado de São Paulo,  entre julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e a convocação e uma Assembléia Nacional Constituinte. 
O golpe de estado  decorrente da  Revolução de 1930  derrubou o então presidente da república,  Washington Luis :  impediu a posse do seu sucessor eleito nas eleições de março de 1930, Júlio Prestes,  depôs a maioria dos presidentes estaduais (atualmente se denominam governadores); fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais; e, por fim, cassou a  Constituição de  1891,  até então vigente. Getúlio Vargas, candidato derrotado nas eleições presidenciais de 1930 e um dos líderes desse movimento revolucionário, veio a assumir a presidência do governo provisório nacional em novembro de 1930 com amplos poderes, colocando fim ao período denominado  República Velha,  porém, sob a promessa de convocação de novas eleições e a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a promulgação de uma nova Constituição. Contudo, nos anos subsequentes, essa expectativa deu lugar a um sentimento de frustração, dado a indefinição quanto ao cumprimento dessas promessas e acumulado ao ressentimento contra o governo provisório, principalmente no estado de São Paulo, com o fato de Getúlio Vargas governar de forma discricionária por meio de decretos, sem respaldo de uma Constituição e de um Poder Legislativo. Essa situação também fez diminuir a autonomia que os estados brasileiros gozavam durante a vigência da  Constituição de 1891,  pois os interventores indicados por Vargas, em sua maioria tenentes, não correspondiam aos interesses dos grupos políticos locais e frequentemente entravam em atritos. Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas.



O levante começou de fato em 9 de julho de 1932 e foi precipitado após a morte de quatro jovens por tropas getulistas em 23 de maio de 1932 durante um protesto contra o Governo Federal. Após a morte desses jovens, foi organizado um movimento clandestino denominado  MMDC  (iniciais dos nomes dos quatro jovens mortos: Martins, Miragaia, Dráusio, e Camargo)  que começou a conspirar contra o governo provisório de  Getúlio Vargas, articulando junto com outros movimentos políticos uma revolta substancial. Houve também uma quinta vítima,  Orlando de Oliveira Alvarenga,  que também foi baleado naquele dia no mesmo local, mas veio a falecer meses depois. Nos meses precedentes ao movimento, o ressentimento contra o presidente Getúlio Vargas  ganhava força indicando uma possível revolta armada e o governo provisório passou a especular a hipótese de o objetivo dos revoltosos ser a secessão de  São Paulo. No entanto, o argumento  separatista  jamais foi comprovado fidedigno, porém, ainda assim esse argumento foi utilizado na propaganda do governo provisório ao longo do conflito para instigar a opinião pública do restante do país contra os paulistas, obter voluntários na ofensiva contra as tropas constitucionalistas e ganhar aliados políticos nos demais Estados contra o movimento de São Paulo.[9]
Quando o Estado de São Paulo  precipitou a revolta contra o governo provisório de Vargas, seus lideres tinham a expectativa da automática adesão de outros Estados Brasileiros, dada a solidariedade manifestada por parte das elites políticas dos Estados de  Minas Gerais, do Rio Grande do Sul,  e do então Mato Grosso. Assim, os políticos de São Paulo esperavam apenas um breve conflito militar com uma rápida marcha para o   Rio de Janeiro,  até então a capital do país, para depor  Getúlio  Vargas.  Logo, os revoltosos não organizaram um sistema defensivo em suas fronteiras contra possíveis ofensivas militares dos Estados vizinhos. No entanto, a solidariedade daqueles Estados não se traduziu em apoio efetivo, e, com a espera por parte dos paulistas pelos apoios supostamente prometidos,  Getúlio  Vargas  teve tempo de articular uma reação militar de modo a sufocar a revolução ainda nos seus estágios iniciais, obrigando o Estado de São Paulo a ter de improvisar em pouco tempo um amplo sistema militar defensivo em suas fronteiras contra a ofensiva de tropas de todos os Estados brasileiros, com a exceção do Mato Grosso que se tornou o único Estado aliado dos paulistas. Após quase três meses de intensos combates nos quatro cantos do Estado, o conflito foi encerrado em 2 de outubro de 1932 com a rendição do Exército Constitucionalista.


Atualmente, o dia  9 de julho,  que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do Estado de  São Paulo e feriado  Estadual. Os  paulistas  consideram a Revolução Constitucionalista como sendo o maior movimento cívico de sua história. A lei 12.430, de 20 de junho de 2011, inscreveu os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932, no  Livro dos Heróis da Pátria.  No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho a  4 de outubro de 1932 -  sendo os últimos dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates. Apesar da derrota militar do movimento, algumas de suas principais reivindicações foram obtidas posteriormente, por exemplo, com a nomeação de um interventor civil e paulista, a convocação de uma Assembleia Constituinte e a promulgação de uma nova Constituição em 1934. No entanto, essa Constituição teve curta duração, pois em 1937  Getúlio  Vargas  fechou o Congresso Nacional, cassou a Constituição vigente e outorgou uma nova Constituição, justificando tais medidas a um suposto extremismo de movimentos políticos da época. Assim, a partir de então, foi estabelecido o regime ditatorial conhecido como  Esta Novo  que perdurou até 1945, ano em que Vargas foi deposto por um grupo militar composto por generais antigos aliados.