sexta-feira, 1 de junho de 2018

Museu de História Natural do Colégio Dante Alighieri



Ao longo de 100 anos, entre 1911 e 2010, o Colégio Dante Alighieri adquiriu, por meio de diversas doações, exemplares de fósseis, esqueletos, animais taxidermizados e material biológico conservado. Essas peças eram, então, utilizadas pelos professores como ferramenta complementar ao ensino-aprendizagem nas aulas de ciências e biologia da instituição.
Em 2011, em decorrência da grande quantidade de peças e exemplares adquiridos, providenciou-se um local para o armazenamento de tais objetos, estabelecendo-se assim o novo Museu de História Natural do Colégio Dante Alighieri.
Os parâmetros necessários e exigidos para que o local se estabelecesse como uma instituição museológica foram atendidos de acordo com o Estatuto de Museus, conforme Lei nº 11.904, de janeiro de 2009, e pelo seu enquadramento na regularização do plantel de animais vivos, conforme Instrução Normativa 169, de 20 de fevereiro 2008, bem como pela aprovação de órgãos ambientais responsáveis pela fiscalização e autorização da fauna silvestre nativa e exótica (Ibama e Secretaria do Meio Ambiente).
Atualmente, a coleção em exposição e o acervo do museu estão sendo organizados e catalogados por uma equipe de biólogos e taxonomista do Colégio. São mais de mil peças que oferecem acesso a várias vertentes do conhecimento:
  • Osteologia: exemplares completos e partes de diversos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes ósseos;
  • Dioramas da Mata Atlântica e Cerrado brasileiros;
  • Fósseis: diversas réplicas e amostras reais dos primeiros registros de vertebrados e invertebrados extintos, além de maquete para demonstração do processo de fossilização;
  • Coleção antropológica de primatas com réplicas autênticas de crânios;
  • Variedades de amostras de organismos diafanizados e fixados em álcool;
  • Painéis de Explosão da vida na Terra, Sistema Solar, Processo de fossilização e Gigantes na Terra;
  • Coleção de documentários sobre diversos temas. São exibidos diariamente para visitantes externos e alunos;
  • Mantenedouro: animais terrestres, dulcícolas e marinhos.
As portas do museu permanecem abertas diariamente aos alunos (para ministração de aulas e visitas), pais e demais funcionários do Colégio. Visitas de público geral somente com agendamento.






São Paulo - a capital de Monteiro Lobato




José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, Província de São Paulo, hoje município de Monteiro Lobato, estado de São Paulo, 18 de abril de 1881 - cidade de São Paulo , 4 de julho de 1948. foi um escritor ativo,  diretor e produtor brasileiro.
Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor  Figueiredo Pimentel  ("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, livros sobre a importância do ferro (Ferro, 1931) e do petróleo  (O Escândalo do Petróleo, 1936).
 Escreveu um único romance, O Residente Negro,  que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se  Reinações de Narizinho ( 1931), Caçadas de Pedrinho ( 1933) e o Picapau ( 1939).


Contista, ensaísta e tradutor, Lobato nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Dirwitom  atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles no livro  Urupês,  sua obra prima como escritor. Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em  Paris ou Lisboa,  Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
É bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da  literatura infantil  no Brasil. Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e ideias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, o sábio sabugo de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê  e outras personagens que fazem parte da famosa obra  Sítio do Picapau Amarelo,  que até hoje é lido por muitas crianças e adultos. Escreveu ainda outras obras infantis, como A Menina do Nariz ArrebitadoO SaciFábulas do Marquês de RabicóAventuras do PríncipeNoivado de NarizinhoO Pó de Perlimpimpim, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, e A Achave do Tamanho.  Fora os livros infantis, escreveu outras obras literárias, tais como  O Choque das Raças,  UrupêsA Barca de Gleyre e O Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo, no Brasil, apenas por empresas brasileiras.




A capital de Lobato

Um dos escritores mais famosos do Brasil, Monteiro Lobato ganha exposição gratuita na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindin, na USP ( maio de 2018).
A mostra apresenta traduções de livros do autor para diversas línguas, como hebraico, japonês, chinês e tailandês, e outras de clássicos estrangeiros feitas por ele.
"Exibimos a trajetória internacional de Lobato", diz Vladimir Sacchetta, um dos curadores e coautor de uma biografia do escritor.


Cemitério da Consolação - Jazigo  de Monteiro Lobato