terça-feira, 31 de março de 2020

Postos de Combustíveis de São Paulo










Em  São Paulo e no Brasil ainda é muito raro uma cultura de preservação dedicada a arquitetura de postos de combustíveis. Quase nenhum deles é tombado como patrimônio histórico e são poucos os que são preservados para a posteridade, mesmo que em condições apenas razoáveis. Já a grande maioria como o da foto abaixo, já  demolidos:





Para tentar preservar ao menos fotograficamente a história dos postos de combustíveis antigos, o blog São Paulo Antiga adquiriu recentemente um lote de 12 slides com fotografias de postos de combustíveis produzidas no ano de 1950.
São imagens realizadas por um viajante dos Estados Unidos, já falecido, que não se sabe se vinha para a América do Sul fotografar postos de gasolina a trabalho ou como hobby. A grande maioria dos postos fotografados são da bandeira Esso, mas tem um ou outro de outras bandeiras.

Museu do Ipiranga



Com reabertura prevista para 2022, o Museu do Ipiranga, que foi fechado em 2013, passa por obras de restauro e modernização. Desde dezembro, uma equipe da empresa de software Autodesk realiza o mapeamento tridimensional de artigos do acervo, do edifício e de seu entorno.
“Precisamos nos mostrar presentes na cultura digital e também a distância”, afirma a diretora do museu, Solange Ferraz de Lima. O material poderá ser utilizado em passeios e games virtuais e na gestão da entidade, com integração ao sistema de segurança. “O modelo, associado a um banco de dados, é inteligente. Saberemos quantas árvores existem por lá, por exemplo”, explica o engenheiro Pedro Soethe.
Considerando-se as perdas incalculáveis no incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro em 2018, o projeto consistirá também em uma forma de conservar o patrimônio do Ipiranga. “Trata-se de mais uma plataforma de documentação possível para nós”, diz Solange.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 12 de fevereiro de 2020, edição nº 2673.

História do Museu do Ipiranga











Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga ou também simplesmente Museu Paulista, é o museu  público mais antigo da cidade de São Paulo , cuja sede é um monumento-edifício que faz parte do conjunto arquitetônico do  Parque da Independência.  É o mais importante museu da  Universidade de São Paulo  e um dos mais visitados da  capital paulista.



O museu foi inaugurado oficialmente em 7 de setembro de  1895  com o nome Museu de História Natural. Este importante símbolo da  Independência do Brasil  está vinculado à   Universidade de São Paulo  desde 1963, como uma instituição científica, cultural e educacional que exerce pesquisa, ensino e extensão com atuação no campo da  História. 
É responsável por um grande acervo de  objetos, mobiliário e obras de arte  com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro  "Independência ou Morte", pintado pelo artista Pedro Américo,  em 1888, recebendo em média 350 mil visitas anuais. Além de exposições, as atividades do Museu do Ipiranga se estendem por meio de programas educativos, como cursos e pesquisas científicas que fazem uso dos recursos humanos e do acervo permanente da instituição. A ampliação de coleções se faz por meio de doações ou aquisições e parte importante das atividades desenvolvidas no museu envolve a conservação física, estudo e documentação do acervo.






Em 1922, no período do Centenário da Independência, formaram-se novos acervos, principalmente abrangendo assuntos da  História de São Paulo,  e executaram a decoração interna do edifício, contando com pinturas e esculturas no Saguão, na Escadaria e no Salão Nobre que apresentassem a  História do Brasil,  para assim reforçar a instituição como um símbolo histórico brasileiro. Foi nesta época que se instalou o Museu Republicano "Convenção de Itu",  uma extensão do Museu Paulista no interior do  Estado de São Paulo.  Desde agosto de 2013, o museu está fechado ao público "para obras, restauros e reparos" após um estudo apontar que a estrutura do prédio estava abalada. A previsão de reabertura é para o ano de 2022, como parte das comemorações do bicentenário da Independência



A data de 7 de setembro de 1822 como um marco da história nacional foi, também, uma construção política. O ato da proclamação, do então príncipe  Pedro I do Brasil, no Riacho do Ipiranga,  teve pouca repercussão na imprensa na Corte do Rio de Janeiro. Nem mesmo o próprio protagonista do episódio, D. Pedro, deixou registros a seu respeito na carta que escreveu dirigindo-se aos paulistas no dia seguinte ao Grito do Ipiranga. Somente em setembro de 1823, na Assembleia Constituinte, é que membros do governo da província de São Paulo iniciaram as discussões sobre a possível construção de um monumento em memória do Grito. Somente em 1826, o Parlamento aprovou a introdução do 7 de setembro na categoria de "festividade nacional".
A partir daí o debate acerca de uma construção imponente de demarcação da data histórica foi ganhando espaço, mas sempre sendo postergada sob a justificativa da falta de recursos. Foi somente entre 1885 e 1890, ao mesmo tempo em que se intensificaram as propagandas republicanas e a luta  abolicionista,  que se deu a resolução do que órgãos da imprensa paulista da época chamavam de “questão do Ipiranga”. Desta forma, em meio a muitos debates e desencontros de ordem política, o Museu do Ipiranga veio para demarcar definitivamente o lugar de proclamação da  Independência do Brasil,  assinalando no imaginário popular o momento a partir do qual teria se originado a nação brasileira.




O edifício, inicialmente projetado para concretizar a versão conservadora da proclamação da independência, adquiriu outros significados a partir da  Proclamação da República,  dentre eles o de “renascimento da nação”. Com sua apropriação pelo  governo do Estado de São Paulo,  que o transformou em museu público, a resinificação do monumento passou pela ideia de que a história do progresso nacional era a história do progresso de  São Paulo,  colocando a colina do Ipiranga como uma caminho articulador das riquezas com o  Porto de Santos, então recém-inaugurado.

Construção









O arquiteto e engenheiro italiano  Tommaso Gaudenzio Bezzi  foi contratado em 1884 para realizar o projeto de um monumento-edifício no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora já existisse esta ideia desde aquele episódio, em  1822. O edifício  começou a ser construído em 1885 e conta com 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. O estilo arquitetônico e  eclético  foi baseado no de um palácio renascentista. A técnica empregada foi basicamente a da  alvenaria  de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com  taipa de pilão).

As obras encerraram-se em 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da República. Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências Naturais, que se transformou no Museu Paulista. Em 1909, o  paisagista belga Arsênio Puttemans  executou os jardins ao redor do edifício. Este desenho de jardim foi substituído, provavelmente na década de 1920, pelo paisagismo do alemão Reynaldo Dierberger, desenho que se mantém, em sua maior parte, até os dias atuais.

Em 1922, época do Centenário da Independência, o caráter histórico da instituição foi reforçado, quando novos acervos foram criados, com destaque para a História de São Paulo. A decoração interna do edifício foi criada, com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil no Saguão, Escadaria e Salão Nobre. Também foi inaugurado o Museu Republicano "Convenção de  Itu, extensão do Museu Paulista no  interior paulista.

Ao longo do tempo, houve uma série de transferências de acervos para diferentes instituições. A última delas foi em 1989, para o  Museu de Arqueologia e Etnologia  da USP.  A partir daí, a instituição vem ampliando seus acervos referentes ao período de 1850 a 1950 em São Paulo.

Como órgão da  Universidade de São Paulo  desde 1963, o museu exerce pesquisa, ensino e extensão.
 Até seu fechamento para reformas, o Museu Paulista possuía um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual, do século 17 até meados do século 20, significativo para a compreensão da sociedade brasileira, especialmente no que se refere à história paulista e conta com uma equipe especializada de curadoria. Desenvolve também um Projeto de Ampliação de seus espaços físicos.

Século XXI




Em agosto de 2007 o Museu Paulista sofreu com problemas relacionados a  segurança, quando 900 cédulas e  moedas  raras foram furtadas.  Neste acervo  encontravam-se moedas emitidas na  Áustria e na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial  e brasileiras do século XX. O furto foi descoberto por um funcionário que, enquanto limpava o banheiro  dos funcionários, encontrou em um saco de lixo algumas cédulas antigas e envelopes  usados para guardas as peças.

Em setembro de 2007 a policia conseguiu recuperar parte do acervo que havia sido furtado, porém ninguém foi preso. Na época o material furtado chegou a valer 100 mil  reais. 

Em consequência deste caso, a segurança do museu foi reforçada em dezembro de 2007, com a adição de novas câmeras de vigilância mais modernas e alarmes, e os funcionários passaram por um treinamento para aprenderem a lidar com casos de furtos e roubos




Restauração

Em agosto de 2013 o Museu Paulista foi fechado após a constatação de problemas em sua estrutura. Desde então, a maior parte do acervo do Museu foi transferida para imóveis locados exclusivamente para armazenamento desses volumes. Muitas peças do acervo vêm sendo emprestadas a outros museus e espaços culturais para a realização de mostras. A Biblioteca foi reaberta ao público em outro endereço no próprio bairro do Ipiranga, bem como as atividades acadêmicas e educativas que são oferecidas pela instituição. O Museu declarou uma previsão de gastos iniciais de 21 milhões de reais, mas posteriormente alterado para 100 milhões de reais.

O início das obras de restauração e modernização do museu foi previsto para 2019, e a reabertura prevista para 2022, ano da comemoração do bicentenário da  Independência do  Brasil.
Em outubro de 2019, as obras foram retomadas após seis anos parada. A empresa Concrejato foi anunciada como construtora selecionada para realizar o restauro e a modernização do edifício. Etapas previstas no projeto executivo tiveram início, entre elas a montagem do canteiro de obras, a proteção dos bens artísticos integrados à construção, o acompanhamento arqueológico, além de uma série de laudos, prospecções e planejamentos que irão garantir a execução segura da obra. Prospecções e testes laboratoriais são ações que integram uma intervenção desse tipo. A argamassa e as tintas são analisadas, pois precisam ter características especiais, semelhantes às que eram utilizadas no século XIX.
O museu será ampliado em cerca de 6 mil metros quadrados. A nova entrada, com ligação direta com o  Parque da Independência,  será instalada no nível das fontes. Ali, haverá uma área de acolhimento, além de salas para atendimento do programa educativo, café, loja, auditório e uma sala para exposições temporárias. Desse piso, um túnel levará até as escadas rolantes, pelas quais será possível entrar no hall do edifício histórico. Também serão instalados elevadores. Com duração de 30 meses, a obra deve custar cerca de 139,5 milhões de reais e é patrocinada via  Lei do Incentivo à Cultura pelas seguintes empresas:  Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, Companhia  Siderurgica´Nacional (CSN), EDP, Honda, Itaú, Vale SA, Sabesp e  Pinheiro Neto Advogados. Conta, ainda, com a parceria da Fundação Banco do Brasil e da Caixa Cultural.



terça-feira, 24 de março de 2020

Uma breve história do Mappin




Uma breve história do Mappin




Muitos estabelecimentos comerciais marcam a história das grandes cidades. São empresas muitas vezes centenárias que acompanham a evolução da região onde foram instaladas marcando gerações e gerações de pessoas através dos tempos. Em São Paulo o nome mais lembrado é, sem dúvida, o Mappin, que estaria celebrando um século em 2013 de existência,  se não tivesse encerrado suas atividades em 1999.
Toda sua trajetória em São Paulo começou em 29 de novembro de 1913, conforme o anúncio abaixo, publicado nos principais jornais paulistanos:
Crédito: Divulgação / O Estado de São Paulo
A história do Mappin começa na Inglaterra, no século 18, quando duas tradicionais famílias de comerciantes da cidade de Sheffield inauguraram uma loja bastante sofisticada para a época. A loja seguiu crescendo e posteriormente mudou-se para Londres, de onde iniciariam sua expansão ultramarina, chegando a Buenos Aires logo nos primeiros anos do século 20.
No final do ano de 1913, uma loja sofisticada e única surgia em São Paulo. Os irmãos Walter e Hebert Mappin inauguram, na Rua 15 de Novembro, a loja brasileira da Mappin Stores, que chegava para concorrer de frente com a tradicional Casa Allemã (grafia da época), fundada no século 19 e que estava localizada na Rua Direita.
Quando inaugurado o Mappin era um espaço bastante refinado e em sua loja era vendido somente produtos de origem importada, além de serviços como barbearia e salão de chá, que logo tornou-se o principal espaço paulistano de “chá das cinco” (five o’clock tea como gostavam de chamar)
A loja se tornou não somente um paraíso de compras da elite paulistana, como também um dos principais ponto de encontro das damas da cidade, que vinham até o Mappin não apenas para compras mas para conversar e passar o dia. A loja ficava lotada em todas as suas dependências praticamente durante o dia todo.
Entre as novidades trazidas pela loja a cidade de São Paulo, estavam as vitrines de vidro na fachada. Por mais estranho que isso possa parecer, até a chegada do Mappin não haviam vitrines deste tipo, as pessoas precisavam entrar dentro da loja para observar os produtos à venda. Isso foi uma vantagem inicial muito grande para eles, que logo viram seus concorrentes modificarem suas entradas.
Mas, como era o interior do Mappin na Rua 15 de Novembro ? A fotografia abaixo, tirada entre 1916 e 1917,  mostra as dependências internas da loja:
Setor de Móveis (clique para ampliar)
Com o intenso movimento do público e mais produtos chegando a todo momento, logo
 a loja da Rua 15 de Novembro ficou pequena para acomodar tantas novidades e apertada para os consumidores. Com apenas 6 anos de existência o Mappin mudou-se dali, em 1919, para seu novo endereço, na Praça do Patriarca, onde ficaria por pelo menos duas décadas.
Praça do Patriarca na década de 20 (clique para ampliar).
Praça do Patriarca na década de 20
No final da década de 20, veio a terrível crise de 1929, que esfriou a economia do mundo todo. A crise também atingiu o Mappin, que com ela e também a crise no mercado de café em virtude da quebra da bolsa de Nova Iorque viu sua clientela de elite reduzir consideravelmente. Para adaptar-se a nova realidade econômica, o Mappin inovou mais uma vez sendo o pioneiro a introduzir etiquetas de preços nas vitrines, atraindo consumidores de camadas mais baixas. Com isso chegaria outra novidade na loja: o crediário.
E desta forma o Mappin ganhou fôlego, retomou o crescimento e pode pensar em sua expansão, para seu novo e suntuoso prédio em art déco na Praça Ramos de Azevedo. A mudança para o endereço ocorreria em 1939.
Crédito: Douglas Nascimento / São Paulo Antiga
Alguns anos depois, na segunda metade da década de 40, o Mappin começaria a sentir o peso da aceleração da economia brasileira que atraia novos concorrentes. A rede passou a ter dificuldades a nova realidade econômica da nação e foi vendida, passando a ser controlada pelo advogado e empresário do ramo do café Alberto Alves Filho.
O novo administrador promoveria uma série de mudanças na operação da empresa, como a substituição dos produtos importados pelos nacionais, novas políticas de crediário e de funcionamento da empresa e a mudança da razão social, que a partir de então passou a ser Casa Anglo-Brasileira S/A. O empresário Alberto Alves Filho seguiu inovando a frente do Mappin, deixando a empresa cada vez mais popular e conhecida e, em 1972, abriu o capital da empresa. Ele seguiria no comando do Mappin até falecer em 1982.
Mesmo com o falecimento do empresário o Mappin não parava de crescer. Em 1983 foi considerada a empresa do ano e em 1984 uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup apontou que 97% dos paulistanos conheciam a empresa e que 67% deles já haviam comprado em alguma de suas lojas. A expansão seguiria adquirindo concorrentes, em 1991 o Mappin comprou 5 lojas da Sears e foi, talvez, a partir deste momento que o grupo começou a ficar muito maior do que deveria.
Mappin 1993 - Crédito: Divulgação
Fachada do Mappin no natal de 1982, anunciando o ano de 1983 
Em 1995 o Mappin anunciou o maior prejuízo de sua história, em quase 20 milhões de reais. O prejuízo foi deixando a empresa cada vez mais em dificuldade, levando aos rumores de que a herdeira e empresária Cosette Alves estaria preparando a venda da companhia. Ela resistiu e por muito tempo foi contrária a ideia da venda, até ser convencida pelo empresário Ricardo Mansur.
Em 1996 Mansur compra o Mappin por 25 milhões de reais, e promete novo fôlego para a empresa. Uma de suas ideias era transformar o Mappin em uma rede de franquias e abrir pelo menos 40 novas lojas espalhadas pelo Brasil.
Entretanto nenhuma das ideias deu certo e logo o Mappin estaria em crise novamente, desta vez muito mais profunda, o que levou a rede em 1999 a acumular 300 pedidos de falência na praça, além de uma dívida de 1.2 bilhão de reais. Neste ano, 86 anos depois de sua fundação, o Mappin encerraria suas atividades, deixando para trás funcionários, fregueses e uma bela história construída em São Paulo através de décadas e décadas do século 20.
Mappin
Em 2010 a Rede Marabraz adquiriu, em leilão público, os direitos sobre a marca Mappin em todo o Brasil. A compra atingiu o valor de 5 milhões de reais, valor 60% menor que a avaliação judicial, que ficou em 12 milhões. A ideia dos novos proprietários da marca é reativar o Mappin ainda no ano de 2014. Se a iniciativa irá realmente se concretizar ainda não sabemos, contudo só a ideia de ver novamente o Mappin funcionando é uma grande satisfação aos paulistanos, que ao longo do século 20 de uma forma ou de outra tiveram o Mappin em seu cotidiano.





terça-feira, 10 de março de 2020

Templo Zu Lai






Templo Zu Lai (em  chinês,  如來寺) é o maior  templo budista da América Latina,  com 10 000 metros quadrados de área construída, ocupando um terreno com 150 000 metros quadrados. Inaugurado em  5 de outubro de 2003,  ele está localizado no município de  Cotia,  com acesso pela  Rodovia Raposo Tavares. 




Ligado ao  monastério Fo Guang Shang,  com raíz no  Budismo Mahayana,  o Templo Zu Lai tem como objetivo manter a tradição da natureza búdica, deixando-a ao alcance de todos. Seus frequentadores utilizam os ensinamentos do  Budismo Humanista  com o objetivo de ensinar os princípios do monastério Fo Guang Shan, divulgando o  Budismo  através da  educação, cultura, filantropia e purificação espiritual.



Em 1992 o venerável mestre  Hsing Yun  veio ao Brasil, a convite de um templo da cidade de São Paulo,  para uma cerimônia. Um discípulo presente perguntou se ele não poderia deixar um monge de sua comitiva no país para que os ensinamentos tivessem continuidade. A monja Jue Cheng (Mestra Sinceridade) se dispôs a ficar e iniciar o projeto, ganhando posteriormente o nome Mestra Sinceridade.





O discípulo que pediu ao mestre que deixasse um monge no Brasil doou uma casa em um sítio para que os trabalhos fossem realizados. Não muito pequena, tornou-se um espaço para as cerimônias, cultos e ritos. Quatro anos mais tarde o número de seguidores passava de cem, o que levou a necessidade de se ampliar o espaço. Apesar da reforma feita, o local ainda não apresentava condições para abrigar os seguidores, então optou-se pela construção de um  templo  maior.


Como os arquitetos brasileiros envolvidos no projeto não conheciam a arquitetura de um  templo, A mestra  Sinceridade montou uma equipe que viajou à  China  com o objetivo de conhecer os  templos da Dinastia Tang.  A pedra fundamental foi lançada em 1999. Como as  telhas e o parapeito do templo  precisavam ser importadas da  China,  já que na época ninguém no Brasil fazia este tipo trabalho, os recursos foram insuficientes para que as obras tivessem início imediato, o que adiou a inauguração do Templo Zu Lai para outubro de 2003.