segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Sala São Paulo





Sala São Paulo

    


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Interior da Sala São Paulo.

A Sala São Paulo é um local onde ocorrem apresentações sinfônicas e de câmara. Faz parte do Centro Cultural Júlio Prestes, na antiga Estação Júlio Prestes,  Fica localizada na Praça Júlio Prestes, no bairro de Campos Elísios, na cidade de São Paulo. Inaugurada no dia 9 de julho de 1999, foi a primeira sala de concertos do Brasil, considerada uma das melhores do mundo desde a sua concepção. A estação foi completamente restaurada e remodelada pelo Governo do Estado como parte do projeto de revitalização do centro da cidade.  Ao lado dela encontra-se a Estação Pinacoteca,  que abriga exposições de arte.
A sala tem uma capacidade de 1.498 lugares e 22 camarotes e é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo  (OSESP). Foi concebida de acordo com os mais atualizados padrões internacionais e muitos especialistas consideram a Sala São Paulo uma das salas de concerto com melhor acústica no mundo. É comparada a muitas salas dos Estados Unidos ou da Europa mundialmente conhecidas, como Symphony Hall de Boston,  o Musikverein,  em Viena,  e o o Concertgebouw, em Amsterdã.
A renovação começou em novembro de 1997, mas os primeiros passos foram dados em 1995, sob a supervisão do arquiteto Nelson Dupré. O Governador Mário Covas  visualizava a Estação Júlio Prestes  como um espaço ideal para apresentações sinfônicas, uma vez que faltava ao Brasil  lugares adequados para este tipo de apresentação e principalmente porque a Orquestra sinfônica do Estado de São Paulo  não possuía um centro permanente. Em 2015, o jornal britânico The Guardian  classificou a Sala São Paulo como uma das dez melhores casas de concerto  do mundo. Em 1999, a Sala São Paulo foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT)














História

Fachada da Estação Júlio Prestes
Sala São Paulo, vista interior durante um concerto da OSESP.

A Estação Júlio Prestes  foi construída entre 1926 e 1938 para ser a sede e ponto de partida para a
Estrada de Ferro Sorocabana -  uma  empresa  criada pelos barões do café,  para transportar o produto até ao porto de Santos. O Estado  adquiriu a empresa em 1905 e tornou-a Ferrovia Paulista S/A, na década de 1970.
Desde a década de 1980, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos  (CPTM) assumiu a linha e a estação  tornou-se ponto de chegada. O nome Júlio Prestes  é uma homenagem ao ex-governador do estado de Sâo Paulo. Christiano Stocler das Neves,  o projetista da estação, baseou seu projeto em um estilo eclético,  descrito como Luís XVI,  que foi uma reação ao estilo barroco, que predominava na época. Neves também foi claramente influenciado pelas estações da Pensilvânia e de Nova Iorque.

Enquanto a estação estava sendo construída, na década de 1920, o Grande Hall, onde encontra-se atualmente a sala  de concertos,  teve uma pequena estação ferroviária  no meio do trabalho de construção. Desta forma, os materiais poderiam ser trazidos de outras cidades e da Europa.

No início do século XXI, os engenheiros  que trabalharam na transformação do Grande Hall tiveram dificuldades em conciliar a tecnologia  de hoje com a conservação histórica. O antigo trem  foi substituído por um gigantesco guindaste de 150 toneladas.  Esta foi a única maneira de transportar as imensas vigas a 25 metros de altura,  que mais tarde se transformariam em parte da estrutura  que suporta o teto ajustável ao longo do novo corredor.

Restauro

A restauração da Estação Júlio Prestes  foi uma obra do Governo do Estado de São Paulo, que entregou à União a estação como forma de quitar uma dívida que a empresa ferroviária Fepasa  tinha. O encarregado pelo projeto arquitetônico e pela adequação da antiga estação para o uso da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo  foi o arquiteto Nelson Dupré  em parceria com Luizette Davini, arquiteta responsável pela coordenação do projeto, e José Augusto Nepomuceno, consultor acústico.

Para a reforma, Dupré buscou inspiração em salas de concerto da América do Norte e Europa, analisando todos os detalhes que atendessem às necessidades acústicas e estruturais, tais como palco, sistema acústico, áreas de apoio, acessos e fluxos.
Em 2000, o projeto da Sala São Paulo recebeu o prêmio internacional de honra da United States Institute for Theatre Technology USITT  como a primeira sala de concertos no Brasil.

Teto ajustável


Teto ajustável.

O teto  ajustável da Sala São Paulo pode ficar a uma altura máxima de 25 metros  acima do piso principal. O teto possui 15 painéis, cada um pesando 7,5  e são detidos por 20 cabos metálicos enrolados. Os painéis podem ser controlados individualmente, permitindo que o volume do hall possa ser ajustado para entre 12 mil e 28 mil m3.  Isso garante que a intensidade de qualquer composição tenha o seu conceito acústico respeitado.
Os painéis podem ser ajustados independentemente ou em conjunto, através do uso de computadores,  travas e sensores automáticos. Junto com o limite máximo da flexibilidade, 26 banners de veludo  podem travar a 8 metros de altura, de acordo com as vibrações necessárias. É uma vantagem adicional, pois esse sistema une elementos da arquitetura original do edifício com novos conceitos de arquitetura.
Ao longo do teto, há uma cobertura de policarbonato  com extremidades arredondadas, que respeita o conceito do projeto original do edifício,  mas usa materiais mais modernos. Telhas termo-acústicas foram usadas, ao invés de cobre  e de policarbonato ao invés de vidro.
É composto por um baralho de aço  reforçado, apoiado em uma grade de aço estrutural. O piso é anexado às colunas  de suporte do equipamento eletromagnético para pendurar o forro, painéis, equipamentos e dutos de ar condicionado.

Escolha do Grande Hall







O grande hall da estação foi escolhido porque suas dimensões são similares às salas de concerto do século XIX,  ou seja, é moldado de acordo com o estilo Shoebox.  Especialistas consideram esse estilo de construção o melhor para salas de concerto, como é o caso das salas de Boston, de Viena e de Amsterdã.
A Sala São Paulo possui 22 balcões no mezanino  e no primeiro andar. Eles foram colocados entre as grandes colunas  e o teto ajustável, criado pela empresa  estadunidense Artec  (a maior especialista do mundo em  salas de concerto).  Seu espaço é de 10000 m² e o limite máximo é de 24 m de  altura.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A ferrovia do progresso







Com ligação entre o Porto de Santos e Jundiaí,  a São Paulo Railway marcou o período de ascensão da economia cafeeira e ajudou no desenvolvimento da capital.

Há 150 anos, em 16 de fevereiro de 1867, era inaugurada a primeira estrada de ferro paulista. Construída em um período de sete anos, a São Paulo Railway  (SPR)  ligava o Porto de Santos à cidade de Jundiaí, com passagem pela capital. Nasceu de uma visão empreendedora  do barão de  Mauá, que convenceu o governo imperial a investir em ferrovias para escoar a produção cafeeira.
Um dos principais desafios dos engenheiros ingleses trazidos para tocar a obra foi abrir 8 quilômetros de trilha em um desnível de 780 metros de altura ao longo da Serra do Mar, o que acabou sendo realizado com a divisão do trecho em quatro declives de pouco mais de 2 quilômetros. No fim do século XIX a SPR impulsionou o desenvolvimento da capital, não só colaborando para a exportação de café, mas também trazendo levas de imigrantes e materiais para os casarões que eram erguidos nos Campos Elísios. Ao longo dos anos 20, a estrada viu  sua hegemonia ser ameaçada por problemas de manutenção, pela chegada de companhia de ônibus que realizavam o mesmo trajeto e pela pressão de industriais brasileiros para que o governo tomasse as ferrovias que estavam sob controle estrangeiro. Vencidos os noventa anos de concessão, a São Paulo Railway foi desapropriada em1946 e passou a chamar de Santos Jundiaí, até ser desativada na década de 80.

Veja São Paulo
reportagem de Thais Reis Oliveira.







terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Aeroporto de Congonhas - oito décadas


Inaugurado em 1936, o aeroporto ganha projeto para ampliar sua capacidade (2019)



Há dez anos sem uma mudança de impacto, o Aeroporto de Congonhas está prestes a passar por uma grande reformulação.
A intenção é ampliar o terminal de 64 500 para 100 800 metros quadrados, o que poderia aumentar  sua capacidade de 17 milhões para 25 milhões de passageiros anuais. Além disso, serão construídos por lá um edifício-garagem com 3 000 vagas e um empreendimento comercial. A iniciativa privada deverá bancar as obras, com entrega final prevista para 2019. As empresas interessadas participaram  de uma concorrência pública a partir de julho-2016.
O anúncio deste projeto ocorre em meio às comemorações de oitenta anos do complexo. Inaugurado em 12 de abril de 1936, o local tem arquitetura art decó tombado pela Conpresp, conselho municipal de patrimônio histórico.
O característico  piso quadriculado,  com placas de granito preto e mármore branco, hoje sua principal identidade visual, é de 1968.




Museu do Tribunal de Justiça






Um pitoresco palacete construído no fim do século XIX contrasta com a imponente fachada envidraça do vizinho Edifício 9 de  Julho, do Tribunal de Justiça, na rua Conde de Sarzedas, perto da Praça da Sé.

Inaugurado 1995, o Museu do Tribunal de Justiça funciona como um espaço cultural e de realização de exposições temporárias, além de preservar e divulgar os elementos materiais relacionados ao Poder Judiciário Paulista.
Atualmente, o Museu do Tribunal encontra-se sediado no Palacete Conde de Sarzedas, edifício construído no final do século XIX, restaurado e tombado pelo Conpresp, que preserva em sua estrutura e decoração lembranças de uma São Paulo antiga.

Após a expansão de suas dependências, em meados de 1999, o Museu passou a contar com duas salas de exposições permanentes e a utilização do Plenário do Tribunal do Júri, desativado desde 1987, onde alunos de Direito são recepcionados com visitas monitoradas por funcionários do museu.

Com a finalidade de levar conhecimento histórico-cultural à população paulista, o museu também realiza exposições temporárias, no “Salão dos Passos Perdidos”, no Palácio da Justiça.

O acervo do Museu do Tribunal de Justiça é variado, sendo composto por objetos, móveis, processos e documentos de interesse histórico, vestimentas, quadros e bens arquitetônicos.

O museu pode ser visitado individualmente ou por grupos de visitantes e estudantes, de segunda a sexta, das 10h às 17h. As visitas para grupos devem ser agendadas, pois são acompanhadas por monitores.

Serviço:Museu do Tribunal de JustiçaHorário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h.
End.: Rua Conde de Sarzedas, 100 – Sé – Centro – São Paulo.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Marco Zero ´Praça da Sé







 


O marco zero da cidade de São Paulo é um monumento  geográfico localizado na Praça da Sé, zona central da cidade de São Paulo, em frente à Catedral da Sé. O prisma hexagonal revestido de mármore representa o centro geográfico  da cidade, onde todas as medições de distância situadas nas placas toponímicas da mesma são estabelecidas. Assim, quanto mais próxima do monumento (ou do centro da cidade), tanto mais baixa será a numeração das casas de uma rua.
O monumento foi pensado com a intenção de organizar um sistema. O marco zero, portanto, tornou-se o ponto de referência na ordenação numérica de quilometragem das vias que se iniciam na capital paulista, assim como medição de linhas ferroviárias, aéreas e numeração telefônica.

Projetado pelo artista francês Jean Gabriel Villin e instalado desde 1934.
Em cada face, há figuras alusivas a estados vizinhos, como uma araucária (Paraná) e o Pão de Açúcar (Rio de Janeiro).





quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Escadaria do Bixiga - degraus renovados.

Com mais de oitenta anos, a escadaria do Bixiga passou  por reforma para ganhar mobiliários urbanos.








Instalada quase há m século entre as ruas dos ingleses e Treze de Maio, próximo ao Teatro Ruth Escobar, na Bela Vista,  a tradicional escadaria do Bixiga  passou  desde início de setembro/2016 por uma reforma executada pela prefeitura. O lugar ganhou jardineiras com flores, cadeiras, tendas, brinquedos infantis e outros mobiliários. As obras foram realizadas pela São Paulo Urbanismo.
Inaugurada em 1929 pela gestão do prefeito Pires do Rio, a escadaria é um marco paulistano tombado pelo conselho municipal de patrimônio histórico (Conpresp) desde 2002.  Em seus primeiros anos de existência, quando o centro ainda abrigava residências da elite paulistana, homens de cartola e fraque, acompanhados por mulheres com elegantes chapéus, desfilavam por ali nos fins de semana. O lugar também  serviu de cenários para filmes do comediante Mazzaropi nos anos 50 e 60 e outras produções brasileiras. Descarectezida  com o passar do tempo, a estrutura foi restaurada em 2006, quando seus cerca de oitenta degraus voltaram a ter aspecto semelhantes ao da época de sua construção.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Silvio Santos no Museu do MIS





O apresentador Silvio Santos é  tema de uma exposição no Museu da Imagem e do Som.   Segundo a assessoria de imprensa do MIS, a mostra tem  materiais inéditos do acervo pessoal dele, assim como depoimentos, fotos, vídeos, entre outros, cedidos exclusivamente para a ocasião.


"Ritmo de festa que balança o coração, festa divertida, colorida de emoção. O dia é de alegria, então sorria e vem pra cá. A festa continua, a casa é sua, pode entrar". É com esse clima nostálgico, que tem cheiro, cor e sabor, que todas as pessoas entram no primeiro ambiente expositivo do MIS para a mostra "Silvio Santos vem aí", que fica em cartaz até março de 2017.
 Programa do Silvio, a passagem nos leva à infância de Silvio Santos e, a partir daí, iniciamos uma deliciosa viagem no tempo.