sexta-feira, 1 de março de 2013

exposição :Tomie Ohtake

exposição : Tomie Otake -  Marco Giannotti e LADY DIOR AS SEEN BY

Instituto Tomie Ohtake
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201





O Instituto Tomie  Ohtake tem o prazer de iniciar as comemorações do centenário de sua artista maior com uma exposição coletiva que estabelece aproximações entre o seu trabalho e obras de cerca de 45 artistas brasileiros.



Nascida  em 21 de novembro de 1913, em Kyoto, no Japão, esta foto de 1953, registra o ateliê da casa em que ela morava, na Rua da Paz, na Móoca.

A mostra Correspondências torna-se um valioso espectro de observações de temáticas recorrentes na história da arte de 1950 até hoje. Nela, o gesto, a cor e a matéria tornam-se motes para observar como, ora num mesmo momento cronológico, ora distanciadas por décadas, obras de arte conversam entre si, se atraem, se contaminam por recorrência, citação ou contraposição.



A escultura curva de Tomie Ohtake, que costuma organizar o espaço do grande hall do Instituto, ganha a vizinhança de desenhos de Waltercio Caldas e Oscar Niemeyer, fotogragia de Cristinao Mascaro, pinturas de Mira Schendel e uma instalação  de Jac Leiner, todos de alguma forma gestuais.



Um conjunto de cinco pinturas de cores vibrantes e opacas, feito pelo artista da década de 1970, reverbera nas escadas cromáticas de Alfredo Volpi, Sérgio Sister e Daniel Steegmann.



Neste ano de 2013, ano que Tomie Ohtake  completa seu centanário, ano que a artista começou preparando uma exposição
de suas pinturas recentes, realizadas ao longo dos últimos meses, trabalho cotidiano e, como sempre, permeado por algumas dúvidas, poucas, é verdade, mas que na prática implicaram num ligeiro desvio do seu projeto inicial ( a artista havia projetado duas séries de pinturas monocromáticas, uma azul, outra amarela), o que  também serviu para evidenciar um certo desconforto que ainda hoje tem, uma incompreensível, para que vê de fora, ponta de desconfiança sobre uma luminosa trajetória de mais de 6 décadas, pois nesta data, como princípio das comemorações, julgou-se importante demonstrar-se da produção de Tomie Ohtake, uma obra merecedora do epileto "clássico", fruto de uma investigação solitária, ensimesmada, que se dá através de uma rotina desgastante, sob o jugo permanente de um senhor implacável em sua exigência - a própria artista - é também, e paradoxalmente, um empreendimento coletivo.