sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Exposição :Planos de Fugas - Uma exposição em Obras



Planos de Fugas - Uma exposição em Obras

Centreo Cultural do Banco do Brasil
Rua Alvares Penteado, 112 - São Paulo ( até 06 de janeiro de 2013).

Há na arte contemporânea um tipo peculiar de instalçao, no qual se cria um trabalho para um lugar em especial. O procedimento ganhou um nome metido a besta, site specific, e o resultado muitas vêzes deixa a desejar. No caso da inspirada Planos de Fuga - Uma exposição em Obras, no Centro Cultural do Banco do Brasil, o método funciona.
Nela, os curadores Rodrigo Moura, de Inhotim, e Jochen Volz, da galeria londrina Serpentine, reuniram doze artistas. O conceito, contudo se aplica a cinco das doze obras, que são de fato inéditas. Ainda assim, vale reservar um tempo e investigar a relação próxima com a arquitetura do edifício.

Logo na entrada, o visitante depara, no vão do CCBB, com um véu gigante, formado por faixas de plástico vermelho e amarelo.
Trata-se de Cortina de Cristiano Rennó. Uma sala concentra fotografias, a parcela mais histórica da montagem. Ali, Cláudia Andujar exibe registros de um passeio de carro por São Paulo nos anos 70, enquanto o americano Robert Kinmont retrata paisagens desertas da Califórnia. O colombiano Gabriel Sierra fez um intervenção inusitada numa sala : levantou paredes cenográficas vazadas e geometrizadas, chegando a uma espécie de megaescultura construtivista.

Cildo Meireles engana o público em Ocasião, um jogo de especlhos que nos obriga a ser obervados sem saber.




Revelar e Esconder : Faça uma experiência : coloque um papel celofane vermelho na janela do seu quarto ou uma lâmpada colorida no abajur . O lugar continua o mesmo ? Cortina, de Cristiano Rennó, é uma intervenção com faixas de plástico vermelho e amarelo, penduradas no terceiro andar, que caem pelo vão central até o térreo.

Se antes era possível, do 3 andar, com um rápido olhar, ver o que acontecia pelo prédio, agora é preciso "descortinar".
Tudo é alterado : o que os visitantes conseguem ou não ver por causa desta cortina, a quatidade de luz e suas cores.

O vermelho e marelo vivos da obra ganham toda a atenção, contrastando com as cores rebaixadas do espaço.

A obra enfatiza o contorno do vão, como se o ar dele fosse parte do trabalho.

Ao mesmo tempo que ela revela detalhes do prédio, esconde parte da arquitetura.
Este é um tipico trabalho de site specific.





A curiosidade está no cofre, onde Sara Ramo simula um prédio em construção !