A Casa das Rosas é um casarão no estilo clássico francês, localizado na Avenida Paulista. É dedicado a diversas manifestações culturais, com enfoque em literatura e poesia, na cidade de São Paulo. É um dos edifícios remanescente da época característica da ocupação inicial de uma das principais vias da cidade. Tem sua importância por ser um dos poucos restantes desse período relevante para o desenvolvimento do próprio Brasil.
A Casa das Rosas foi construída em 1935 a partir do projeto pelo escritório sucessor de Francisco de Paula Ramos de Azevedo, o Severo Villares.
É considerada parte integrante do rol de diversas obras de renome assinadas pelo “Escritório Técnico Ramos de Azevedo”, tais como a Pinacoteca do Estado, Teatro Municipal de São Paulo, o Mercado Municipal de São Paulo e o Colégio Sion, por exemplo.
A Casa das Rosas em específico, foi de autoria do arquiteto Felisberto Ranzini.
A Casa das Rosas em específico, foi de autoria do arquiteto Felisberto Ranzini.
A casa foi habitada durante os primeiros 51 anos de sua existência. Os primeiros a ter como residência o casarão foram uma das filhas de Ramos de Azevedo, Lúcia Ramos de Azevedo e seu marido, Ernesto Dias de Castro. A residência foi passada ao filho do casal Ernesto Dias de Castro e Anna Rosa, sua esposa.
A desapropriação do imóvel se deu em 1986 e foi realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, cuja compromisso fora a preservação do terreno sem alterar sua originalidade.
O imóvel, tombado em 1985 pelo CONDEPHAAT, possui um dos mais belos jardins de rosas da cidade de São Paulo. Passou por reformas entre 1986 e 1991, quando mais precisamente em 11 de março de 1991, a Secretaria da Cultura implantou a Casa das Rosas – Galeria Estadual de Arte, um espaço cujo principal função era acolher exposições temporárias e circulantes do acervo de obras que o próprio Governo do Estado de São Paulo detinha, privilegiando a difusão de poesias e da arte em geral.
Em 2003, o bem tombado, foi novamente fechado para reformas e manutenção, sendo reinaugurado em 9 de dezembro de 2004 e renomeado para homenagear o poeta Haroldo de Campos, falecido em 2003. O nome do espaço passou a ser Espaço Haroldo de Campos,] com a missão de ser um local destinado não só às artes em geral, mas também um lugar público especificamente voltado à poesia, proporcionando a toda São Paulo oficinas de criação, crítica literária, cursos de formação, ciclos de debate entre outros. Transformou-se num museu onde se destaca por promover a difusão e divulgação da literatura dos escritores menos favorecidos, desconhecidos e até dos esquecidos pelo mercado. Sua proposta atual visa manter o ambiente como um local cujas atividades estão no âmbito de pesquisas e leituras, com uma programação diferenciada.
Após a morte de Haroldo de Campos aos 73 anos de idade, todo seu acervo pessoal foi doado à Secretaria da Cultura do Estado em 2004. Como proposta destinada à nova função exercida pela Casa das Rosas, esta foi designada para receber o tão respeitável acervo. A partir desta decisão, foi criado o Centro Cultural Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. A Casa das Rosas possui desde seu início as características originais de seu vasto jardim de roseiras. A essência do local é reforçada também devido ao nome concebido posteriormente, retomando assim, a ideia de um espaço considerado um refúgio para qualquer tipo de manifestação artística e poética, abrigando também a primeira biblioteca do país especializada em poesias.
Arquitetura
Sobre a arquitetura do casarão e seus arredores há discordâncias em suas definições. Há aqueles que caracterizam a construção como pertencente ao estilo da Renascença Francesa. Por outro lado existe a corrente que defende a assinatura do movimento na concepção da mansão histórica. Essa concepção se dá exatamente pela presença de elementos neoclássicos, da Art Noveau,Art Déco e Neocolonial.