Em frente a magnífica e histórica Estação da Luz, na região central de São Paulo, e ao lado da Pinacoteca, é possível avistar o Parque da Luz, um pedaço de lazer e área verde pouco explorado - e talvez subestimado - por parte dos paulistanos.
Com uma área de 113 mil metros quadrados, o parque possui uma enorme variedade de fauna e flora.
Originalmente criado como Horto Botânico por uma Ordem Régia da Coroa Portuguesa, em 1798, apenas em 1825 foi aberto ao público como Jardim Público da Luz.
É o mais antigo parque público da cidade e foi tombado como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT ( Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico. Arqueológico, Artístico e Turístico ) em 1981.
Ao longo das primeiras décadas de existência foram feitas várias reformas e melhorias, como a instalação do coreto e das fontes.
Em 1865, com a inauguração da estação ferroviária, o parque passou a ser um dos principais espaços de lazer dos paulistanos da época.
A fase de decadência teve início nos anos de 1930, quando o zoológico foi desativado e as grades que circundavam o Jardim foram retiradas para facilitar o acesso da população aos trens - por muitos anos, o local serviu de zona de prostituição e tráfico de drogas.
Apenas em 1998, quando foi incorporado pela Pinacoteca do Estado, passou por um processo de revitalização e melhorias, com a instalação de esculturas. O parque atualmente abriga cerca de 50 peças que integram o acervo da Pinacoteca do Estado, com obras dos artistas Victor Brecheret. Léon Ferrari, Amilcar de Castro, José Resende, Marcelo Nietsche e outros.
Segundo a Prefeitura de São Paulo, o parque apresenta uma vegetação composta por mais de 165 espécies, espalhadas pelos bosques e jardins, como alecrim-de-campinas, andá-açu, corrticeira, jenipapo, magnólia-branca, manila copal, oiti, pau-marinheiro, pau-ferro, sapucaia e sol-da-mata.
Há também cerca de dez espécies ameaçadas, como cabreúva, cambuci e palmito-jussara.
Essa diversidade atrai muitas aves, tais como socó-dorminhoco, irerê, martim-pescador, periquitos, maracanãs, e papagaios. Neste local já foram identificados mais de 73 espécies, da qual 67 são aves.
No parque, há também a presença da ilustre população de bicho-preguiça, que habita a região desde o final do século XIX, e, segundo a Prefeitura, é uma herança do extinto zool[ogico paulistano.
O Parque da Luz é um passeio para a família, principalmente aos domingos, quando funciona a ciclofaixa do circuito Paulista/Centro, das 7h às 16h.
Além do playground para as crianças, há um aquário subterâneo, redescoberto no ano de 2000.