Caixa Cultural São Paulo - de 16 de março a 12 de maio de 2013.
Muito mais do que uma técnica, a gravura era, para Mário Gruber, uma forma particular de expressão artística que ele cultivava com carinho, e que exerceu por toda a sua vida.
Nos anos de 1950 Gruber fez parte da geração que via na gravura uma forma de contribuição do artista à sociedade. Por sua reprodutibilidade ela era entendida como uma arte "arte para todos", e seus temas espelhavam a realidade dos trabalhadores. A partir da década de 1960, entretanto, o trabalho de Gruber enveredou por um outro caminho : o realismo mágico - que se tornaria sua marca.
Gruber fez litografia, xilogravura e calcogravura, mas foi na gravura em metal que seu trabalho gráfico mais se destacou. Suas pontas secas e águas-fortes são de qualidade rara, e ele foi o único artista brasileiro a dominar a dificílima técnica conhecida como "maneira negra".
A exposição apresenta um conjunto significativo de gravuras e de materiais evidenciando a maestria do artista no manejo da goiva e do buril, e também a sua inventividade na experimentação.
Durante toda sua vida Gruber trilhou um caminho único. A reboque de todos os modernismos inspirou-se nos mestres do passado, criou novas técnicas e debruçou-se sobre uma temática inteiramente pessoal. E nunca pode ser acomodado em nenhum dos nichos criados pela crítica de arte : Gruber é Gruber.
Mário Gruber Correia nasceu em Santos - SP, em 1927 e faleceu na capital paulista em 30 de dezembro de2011. Auto retrato - 1946 ( óleo s/tela ) |
Menino com chapéu - 1975 - litografia