até dia 02 de setembro de 2018
Para Toyotta, o reflexo é um elemento importante em seu trabalho.Por isso optou em trabalhar inicialmente com o alumínio e depois com o aço por conta de sua superfície. Muitos perguntaram
a ele o por que de não usar espelho,por exemplo. Toyota respondeu que o que interessava a ele era a deformação da imagem que o aço e o alumínio ofereciam por meio do reflexo.
Ao observar seus trabalhos, podemos relacioná-los com as obras do artista plástico indiano-britânico Anish Kappor. Ele também se utiliza de superfícies reflexivas e de proporções monumentais em suas obras. Em entrevista ao crítico Nicholas Baume, em 2008, Kapoor disse sobre as formas espelhadas :
"O que é interessante para mim numa superfície polida é que, quando ela é realmente perfeita, algo acontece - ela literalmente deixa de ser física, ela levita ! E o que acontece com as superfícies côncavas é, a meu ver, ainda mais desconcertante. Elas deixam de ser físicas e esse deixar de ser físico é o que mais me interessa ".
Nas obras de Toyota e de Kapoor, a participação e a movimentação do público diante dos trabalhos são importantes. Suas obras convocam dualidades como positivo-negativo,volume-leveza, visível-invisível, oriental-ocidental, dentre outros.
"Gostaria que minhas obras nos levassem a uma viagem sideral, multidimensional em que o positivo e o negativo e todos os opostos, o masculino e o feminino, o In e o Yo, e tudo mais, convivam em plena harmonia".
Yutaka Toyota
Esta escultura está localizada na Praça da Sé - São Paulo |