Largo do Arouche, um dos locais mais tranquilos da região central de São Paulo, próximo à estação República do metrô, é uma praça tradicional da região central da cidade de São Paulo.Situa-se no distrito da República.
No local, diversos floristas foram instalando-se aos poucos, com a retirada das bancas existentes na Praça da República pleo prefeito Armando de Arruda Pereira.. Assim, o Largo do Arouche se transformou no Mercado das Flores, oficializado em 1953, e por essa razão também é conhecido como Praça das Flores.
História
O Largo é composto pelas ruas Jaguaribe, Amaral Gurgel, a avenida Duque de Caxias e o término da rua do Arouche. Em seu lado oposto passa a avenida Vieira de Carvalho, dados que constam na planta genérica da cidade de São Paulo.
O nome da praça é uma homenagem ao tenente-general José Arouche de Toledo Rendon, dono do terreno desde da demarcação da Cidade Nova - marcos formados a partir da transposição do vale do rio Anhangabaú, regiões hoje conhecidas como Santa Cecília, Praça da República e Vale do Anhangabaú. Em 1881, a pedido do tenente a Câmara de São Paulo cedeu a sua vontade de desterrar e aplainar a Praça então chamada de Legião para "disciplinar os milicianos por brigadas" e mudar seu nome para Praça dos Milicianos.
Desde então o espaço quadrangular entre as ruas Jaguaribe e do Arouche, considerado a parte baixa recebeu muitos nomes (Tanque do Arouche, Praça da Alegria, Praca da Legião) até finalmente em 1865 receber o nome de Campo do Arouche, que perdurou até 1910, quando pela Lei nº 1312 mudou para Praça Alexandre Herculano. Três anos depois, um inciso art. 2.° a Lei Municipal l nº 1741 reverteu Largo do Arouche como o nome definitivo de toda praça. A parte alta, antiga praça da Artilharia logo mudou seu nome para Largo do Arouche, como até hoje é conhecida.
O local abriga importantes esculturas de renomados artistas, tais como: A Menina e o Bezerro, obra do escultor carioca Luís Christophe, encomendada pelo prefeito Raimundo Duprat; Afonso d'Escragnolle Taunay, um dos maiores historiadores brasileiros, principalmente na história das bandeiras paulistas, uma obra concebida pela artista plástica Claude Dunin; "Amor Materno", escultura que traz uma cadela e seu filhote, em cena que costuma comover quem passa pelo largo, obra do francês Louis Eugéne Virion, adquirida na década de 1910. Parte do patrimônio histórico cultural da Praça, as esculturas passam por processos de intemperismo, natural das rochas mesmo nos monumentos históricos. Porém, a crescente poluição da atmosfera, principalmente em metrópoles como São Paulo, aumentam o processo de deterioração das esculturas.
José Arouche de Toledo Rendon
Nascido na cidade de São Paulo, no dia 14 de março de 1756, José Arouche de Toledo Rendon é filho do mestre de campo do exército Agostinho Delgado Arouche e de Maria Thereza de Araújo Lara, único filho homem entre sete mulheres.[7]
Arouche, cumprindo um costume das famílias ricas da época, cursa seus estudos superiores na metrópole portuguesa, formando-se em Direito Civil pela Universidade de Coimbra. Ao retornar ao Brasil dedica-se à advocacia em São Paulo e faz parte de diversos cargos públicos, como juiz de medições, de juiz ordinário, de juiz de órfãos, seu destaque com jurista o consagrou como procurador da coroa. Junto à sua carreira jurídica, dedica-se ao exército, alistando-se ao posto de capitão do Estado-maior do Exército. No ano de 1829 é consagrado como tenente general.
Além de sua carreira militar e jurídica, teve grande destaque no Centro da Cidade, em que foi responsável pela demarcação e assento da Cidade Nova e pelas plantações de chá da Chácara do Arouche.