Pedaço da história no centro de São Paulo.
A Vila dos Ingleses, localizada na região central da cidade São Paulo (Rua Mauá, 836), é um aglomerado de 28 casas assobradadas construídas entre os anos de 1915 e 1919, com o intuito de servirem de moradia para os engenheiros ingleses que trabalhavam nas obras da Estação da Luz e Estrada de Ferro Santos - Jundiaí. O estilo arquitetônico das casas tem raízes no estilo vitoriano, com influências do colonial brasileiro.
Antes de se tornar uma vila, o local era o jardim do palacete de propriedade da Marquesa de Itu, que doou a aristocrática residência à sua sobrinha-neta, Eliza de Aguiar D'Andrada, no ano de 1913. Eliza era casada com Eduardo de Aguiar D'Andrada, engenheiro da São Paulo Railway Company, que remodelou a construção para abrigar os engenheiros ingleses e suas famílias.
Por volta de 1930, com a diminuição da utilização da mão-de-obra dos engenheiros estrangeiros, as casas da vila passaram a ser ocupadas por famílias paulistanas. Na década de 1950, o local abrigou pensionatos católicos e clubes de funcionários federais. De propriedade da família Moreau - uma das ramificações dos descendentes dos Aguiar D'Andrada - a Vila dos Ingleses tem perfil comercial desde 1988. Atualmente, ali funcionam escritórios de arquitetura e de design, além de um restaurante. O bem está tombado provisoriamente pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e artístico Nacional) e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico)