Não sei porque, mas eu tenho um fascínio especial por portas e janelas.
Caminhando, de ônibus, táxi, a janela da casa dos outros. Eu acho que na maior parte das vezes o que a gente vê do mundo está emoldurado por uma janela.
Já levantei de madrugada, só para ver o sol nascer de dentro do quarto de um hotel no Chile. Do janelão inteiro de vidro, a vista para o lago, uma cordilheira nevada no horizonte,
Outra sensação especial, é chegar a um hotel à noite e, assim que amanhecer, sair correndo, para ver o que aquela janela tem a dizer daquela cidade, ou de pessoas que passaram por ali. por exemplo a torre de uma igreja que vi em Bruxelas ao amanhecer, um lago tranquilo, uma praia chamando para entrar no mar.
Já adormeci com a cabeça apoiado no vidro do ônibus, trem, para engolir a paisagem que pairava ou passava, sem esforço pelo lado de fora.
Em trens essa experiência de olhar através da janela, ou portas, é especialmente prazerosa, aconteceu novamente comigo, atravessando o rio D'Ouro, na cidade do Porto em Portugal. Em cafés idem.
Muitas vezes a gente só repara que o lugar é lindo porque está sentado justamente fora dele, o que aconteceu eu sentado nas escadarias da igreja do Bonfim em Salvador, admirando o Pelourinho.
Para muitas pessoas o mundo fica mais maravilhoso ainda quando visto de outra janela : o visor ou a telinha da câmera fotográfica.
Aliás, nesse raciocínio, toda foto pode ser compreendida com uma porta ou janela.
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