MAC - Av. Pedro Alvares Cabral, 1301 - até 27 de julho de 2014.
Em cartaz no 3 andar da nova sede do Museu de Arte Comtemporânea da USP, no antigo prédio do Detran, a mostra Para Além do Ponto e da Linha debate os limites da representação bidimensional. Trata-se de um tema fundamental da passagem da arte moderna para a contemporânea. O título da montagem, organizada por Tadeu Chiarelli e composta de 34 obras do acervo da instituição, alude a um livro de Wassily Kandinsky, institulado Ponto e Linha sobre o Plano. O gênio russo, por sinal, comparece com o excepcional oleo Composição Clara, de 1942. Depois de Kandinsky, a pintura passou a ser questionada e, em alguns casos, renovada. A discussão começa a partir de construtivistas como os suiços Richard Paul Lohse e Sophie Taeuber-Arp e, no Brasil, a neoconcretista Lygia Clark, sobretudo na série Plano em Superfícies Moduladas. A coletiva do MAC traz ousadias, o holandês César Domela usa estruturas de metal em relevo, enquanto Sérgio Sister lança mão de ripas de madeira e Amélia Toledo sobrepõe pedaços de juta. Na linhagem que defende a abordagem mais tradicional das telas, destaque para o colorismo dos talentosos Paulo Pasta e Marco Giannotti e para a presença da obra prima Dom Bosco, de Alfredo Volpi.
O óleo Composição Clara, do russo Wassily Kandinsky, trabalho realizado em 1942.