sábado, 19 de abril de 2014

Tomie Ohtake

Instituto Tomie Ohtake



Quando entramos na sala com 25 litogravuras feitas por Tomie Ohtake, em 1972, tendo boa parte delas sido apresentadas pela primeira vez em Veneza, na  mostra Gráfica D'Oggi, logo podemos estranhar a quantidade e vitalidade das cores utilizadas e nos perguntar de onde elas sairam.

Essa é uma pergunta legítima e que pode começar a ser justificada pelo fato de que desde a chegada da abstração no Brasil, no começo dos anos 1950, é difícil encontrar  cores tão vibrantes e variadas - cores tão artificiais - na pintura. A dúvida também pode aparecer, porque suas combinações são inusitadas, raras até na produção prévia de Tomie Ohtake, como as pinturas que traziam quase sempre alguma área mais discreta ao olhar ( um fundo de cor neutra, uma área sem contrastes).

Esse conjunto chama a atenção para um aspecto pop da obra da artista, como se suas cores sintéticas refletissem uma parcela da cultura material do momento.

Como poderia a onda hippie, flúor e ácida entrar em seu silencioso atelie ? A psicodelia da época poderia se misturar com as associações à filosofia zen usualmente feitas com a artista nipo-brasileira ?






sábado, 12 de abril de 2014

Olhar Paulista nos SEMÁFOROS da Capital

A sinalização de trânsito na cidade de São Paulo nunca foi tão respeitada como agora. O momento de ansiedade para a abertura da sinalização para pedestres deu lugar aos sentimentos de curiosidade e admiração. Quem imaginaria ver, no lugar  da silhueta de um pedestre o rosto do saudoso Adoniran Barbosa, eternizado por canções-símbolo de São paulo, como Trem das Onze e saudosa Maloca; ou o Monumento às Bandeiras, cartão postal do Parque Ibirapuera, que representa bandeirantes de diversas etnias no esforço para desbravar o país ?
Mais do que homenagear os personagens retratados nos pictogramas espalhados pelos semáfaros  da cidade, a iniciativa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da Prefeitura de São Paulo, visa valorizar os pontos turísticos da capital paulista.

HOMENAGEM - Iniciado em junho de 2013, hoje o projeto está presente em várias partes da cidade. São cerca de 20 focos semafóricos  estilizados, com a perspectiva de ampliação até o fim  de 2014.
Até mesmo os frequentadores da movimentada avenida Paulista se rendem à surpresa de ver estampado no semáfaro em frente ao Museu de Arte Moderna - MASP, detentotor da mais abrangente coleção de arte européia da América Latina.

Outro importante símbolo da cidade, o Theatro Municipal  também figura nos faróis de seu  entorno. A imagem do teatro pode ser vista nos cruzamentos da praça Ramos de Azevedo com a  rua Conselheiro Crispiniano e no viaduto  do Chá com a rua Xavier de Toledo. Ainda na região central, a Catedral da Sé está presente em pelo menos quatro pontos de travessia, como um verdadeiro convite à emblemáticos edifícios de São Paulo, o Edifício Copan também aparece em um dos faróis da região, como no da avenida Ipiranga com as ruas Araújo e Epitácio Pessoa.

Palco de grandes clássicos, o Estádio do Pacambú também é homenageado no projeto. Prestes a completar 74 anos, o Marechal da Vitória, Paulo Machado de Carvalho, figura no semáfaro de sua localização, no cruzamento da avenida Pacaembú com a praça Charles Miller.

Em breve, a Pinacoteca, o Museu do Ipiranga e a Estação Júlio Prestes entrarão no circuito de semáfaros estilizados. Além desses, outros pontos estão sendo estudados pela CET para receber os símbolos da cidade.

Texto publicado na Revista do Historiador - edição 171

Fotos de Manoel de Brito






                                                                        Catedral da Sé

 
                                                 Semáfaro em frente a Caixa Econômica              
 
 

                                                           Museu de Arte Moderna - MASP
 

 
                                                            Semáfaro em frente ao MASP

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Museu da Língua Portuguesa

Praça da Luz, s/nr. - centro - São Paulo - SP



                                                                       Estação da Luz  - 1902



                                       Estação da Luz - 2014 - Museu da Lingua Portuguesa


Um encontro com a língua, história e literatura, guiado por vozes famosas e recursos audiovisuais de ponte. Esse é o cenário proporcionado pelo Museu da Lingua Portuguesa a seus visitantes. É encantamento do começo ao fim, mesmo para quem  (ainda ) não é tão afinado com as regras de português.
Localizado no coração de São Paulo, na Estação da Luz, o museu, concebido e implantado pela Fundação Roberto Marinho - FRM, foi inaugurado em 2006, em uma suntuosa construção - um patrimônio histórico do século XIX. O seu interior reserva três andares de muitas interatividades e um moderno acervo, que permite o conhecimento profundo do nosso idioma, que é a sexta língua mais falada do mundo.
Além dos espaços reservados à preservação da língua, o museu dedica a ala leste, no primeiro andar, às exposições temporárias. Não menos  atrativas, essas  mostras seguem a dinâmica do museu e contam com as mesmas plataformas tecnológicas para sua apresentação.

Já o segundo andar é um misto de conhecimentos. O espaço oferece projeções simultâneas  de filmes que mostram a língua portuguesa no cotidiano e na história de seus  usuários, apresenta itens dedicados às influências dos idiomas e dos povos que contribuiram para a formação do português falado nos demais países lusófonos e expõe painéis com um pouco da história do edifício-sede da Estação da Luz e os trabalhos de restauro realizados antes da implantação do Museu da Língua Portuguesa.

Um dos pontos mais procurados pelos visitantes é o Beco das Palavras, uma sala com jogo etimológico que permite ao visitante brincar com a criação de palavras, uma sala com jogo , conhecendo suas origens e significados. Outro ponto que especialmente atrai a atenção do visitante é a Praça da Língua, uma espécie de planetário, composto por áudio e imagens projetadas.

Mai do que seguir a tendência
da modernidade, que explora o uso de recursos tecnológicos, o Museu da Língua Portuguesa adotou a museografia - já que atraiu mais de 1,6 milhão de visitantes - com o objetivo de preservar o patrimônio material que é a língua e compartilhar suas nuances com o público.

Texto publicado na Revista do Historiador - edição 171

Fotos de Manoel de Brito.


                                                                                    Entrada do Museu da Línua Portuguesa

 
Jorge Amado - Museu Lingua Portuguesa

 
Cazuza - Museu da Lingua Portuguesa


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ayton Senna Sempre - 20 anos

Shopping Villa Lobos - até 21/04/2014



Vinte anos após a morte do piloto, o Shopping Villa  Lobos expõe doze peças, entre elas troféus, capacetes e um macacão usado por Senna durante suas corridas. Também faz parte da mostra o carro em que ele conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1. No espaço, televisores  equipados com fones de ouvido exibem entrevistas dadas por ele. Por fim, os visitantes podem deixar recados em um mural.